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Autárquicas Novo presidente da Câmara de Viseu rejeita acordos para gerir concelho e aposta em diálogo
Delegado à mesa de voto consulta a lista de eleitores para a Câmara Municipal do Porto, 12 de outubro de 2025. Decorrem este domingo as eleições autárquicas em Portugal onde mais de 9,3 milhões de eleitores podem votar. Os eleitores vão escolher os órgãos dirigentes das 308 Câmaras Municipais, 308 Assembleias Municipais e 3.221 Assembleias de Freguesia, pelo que há três boletins de voto. MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA
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O tamanho ainda importa mas já importou mais  

 O tamanho ainda importa mas já importou mais
14.06.25
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 O tamanho ainda importa mas já importou mais

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

A maioria das pessoas adora quando um “underdog” como a Ucrânia consegue trocar as voltas ao destino. Não se pode afirmar que este sentimento seja universal porque temos de nos lembrar dos dois majores-generais da CNN — Agostinho Costa e Carlos Branco — que ficam estuporados quando as coisas correm bem ao David ucraniano e a ronronar de satisfação quando correm de feição ao Golias russo. Mas, em regra, as pessoas com o compasso moral a funcionar bem ficam ao lado do agredido e não do rufião agressor.
Por isso, no primeiro dia de Junho, foi recebida com satisfação, e muita surpresa, a operação que a Ucrânia designou de “Pavutyna — Teia de Aranha”: os serviços secretos infiltraram 117 drones com cargas explosivas na Rússia (mil dólares cada um), prantaram-nos numas casas de madeira em camiões sem os motoristas russos imaginarem o que levavam e fizeram um ataque simultâneo a cinco bases aéreas, separadas entre si por milhares de quilómetros e vários fusos horários, causando danos em dezenas de bombardeiros estratégicos (sete mil milhões de dólares de prejuízo). 
Esta “Pavutyna” ucraniana, espantosa na sua ousadia e inventividade, criou uma dor-de-cabeça a todos os governos. Comprovou que, doravante, deixa de haver no mundo uma base aérea, civil ou militar, que se possa considerar segura. O mesmo com as marinhas: o que os drones navais ucranianos fizeram à marinha russa do Mar Negro pode ser emulado em qualquer oceano. Os ucranianos estão a demonstrar que o que é grande e se julgava inexpugnável afinal pode ser destruído pelo que é pequeno e ágil e destemido.

Ora, o que se está a passar nesta guerra não era difícil de prever. Moisés Naím, no seu livro “O Fim do Poder” (Gradiva, 2014), explicou muito bem as razões porque, à medida que avançamos no tempo e o mundo vai ficando mais interligado e mais móvel, mais as grandes organizações (administrações, estados, igrejas, exércitos, empresas) deixam de poder contar com os costumeiros, e que se julgavam eternos, benefícios de escala.
“Nas guerras assimétricas que eclodiram entre 1800 e 1849, o lado mais fraco (em termos de soldados e armas) atingiu os seus objectivos em 12 por cento dos casos. Mas, nas guerras que eclodiram entre 1950 e 1998, o lado mais fraco venceu com mais frequência: 55 por cento dos casos.” Os norte-americanos atolaram-se no Vietnam, os russos no Afeganistão. Embora se saiba que numa guerra o tamanho importa mais do que no amor, mesmo assim pode não ser decisivo: “drones, um ciberespaço armado, munições guiadas com precisão, bombistas suicidas, piratas, redes criminosas e ricas, e uma multidão de outros agentes já alteraram o panorama da segurança internacional”, pelo que “há uma afirmação que pode ser feita com segurança: o poder das grandes instituições militares será menor do que foi no passado.”
A Ucrânia está a fazer essa demonstração todos os dias. O erro estratégico de Putin, cometido no infame dia 24 de Fevereiro de 2022, torna-se mais evidente todos os dias. 

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