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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
Alguns partidos políticos com representação em Viseu lamentaram as agressões e os insultos homofóbicos alegadamente cometidos por militantes do Chega na passada quarta-feira (21 de julho).
O primeiro partido a reagir foi o Bloco de Esquerda, que diz repudiar “qualquer tipo de violência LGBTI+ fóbica” e pede reflexão. O partido voltou a defender o seu passado de defesa em torno da causa LGBT e lembrou que tem levado os direitos humanos em debate nos órgãos autárquicos.
“Viseu só será a melhor cidade para se viver se escolher não ficar indiferente ao crescer do ódio, da violência, da discriminação e da segregação em relação às pessoas LGBTI+”, escreveram os bloquistas, que defenderam um plano de ação incentivando a prática de medidas positivas para a comunidade homossexual.
“Negar a violência ou assumir a neutralidade perante ela é alimentá-la. Ela existe, é uma realidade, das redes sociais e das ruas, onde a agressão a pessoas LGBTI+ cresce, legitimada pelo crescimento e legitimação em espaço público de posições de extrema direita”, escreveu.
O Iniciativa Liberal também repudiou o caso, pela voz do seu cabeça de lista para a Assembleia Municipal nestas autárquicas.
Pedro Pereira disse que se trata de “um episódio que, como qualquer outra agressão física, nos merece a total repulsa, particularmente quando não provocada e motivada por ódio a características intrínsecas da pessoa, como é a sua orientação sexual”.
O candidato liberal lembrou que a discriminação na sociedade ainda está presente e disse que Viseu “cresceu muito em população e dinâmica social”, recordando o caso das perseguições a pessoas LGBT em 2005 que fizeram com que Viseu ficasse com o nome de ‘capital da homofobia’ e, acrescentou Pedro Pereira, “mancharam o bom nome dos viseenses por largos meses enquanto o então presidente de câmara (Fernando Ruas) desvalorizava os eventos e prometia combate à suposta prostituição homossexual no antigo IP5”.
“Viseu tem que ser hoje uma cidade e um concelho em que todos possam nascer, crescer e viver em plenitude, liberdade e harmonia. Há espaço para todos, e o direito da igualdade perante a lei e a sociedade é sagrado para os liberais”, escreveu.
Já o PAN classificou as agressões como “um exemplo base de como a liberdade de expressão se difere de discursos de ódio”.
O partido propõe que Viseu seja considerada uma cidade amiga LGBTQIA+, evitando mais casos negativos para a comunidade homossexual na região.
Por sua vez, o movimento Já Marchavas falou de um “triste acontecimento” e criticou “todo o discurso e ações de ódio disseminadas” pelo Chega. “Não nos podemos deixar enganar por um partido cuja génese é marcadamente populista, fascista, racista, machista, xenófoba e LGBTI+ fóbica”, lê-se no comunicado enviado.
Em resposta ao caso, o presidente da distrital do Chega, João Tilly, afirma que este incidente ainda está “numa fase de averiguação”, prometendo que iria enviar ainda esta sexta-feira (dia 23) “o relatório preliminar ao partido”.
João Tilly diz ainda que os militantes envolvidos nas agressões “negam peremptoriamente a história” contada pela vítima e “dizem que foi um deles o provocado e agredido”. O dirigente adianta ainda que este caso requer uma investigação mais aprofundada antes de se retirarem as devidas conclusões.
Entretanto, a direção nacional do Chega já garantiu que mantém “integral confiança” nos candidatos e estruturas local e distrital de Viseu, referindo que só se pronunciará sobre alegadas agressões de motivação homofóbica naquela cidade depois de apurados os factos pelas autoridades.