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O piloto do helicóptero que caiu ao Rio Douro em agosto do ano passado e que provocou a morte a cinco militares da GNR foi constituído arguido pelo Ministério Público por suspeito da prática dos crimes de condução perigosa de meio de transporte por ar, água ou caminho de ferro e homicídio negligente, informou esta quinta-feira, em comunicado, a Polícia Judiciária.
A mesma fonte anunciou ainda que depois de sujeito a primeiro interrogatório, o piloto viu serem-lhe aplicadas as medidas de coação de suspensão do exercício de funções e proibição de contactos com as testemunhas do inquérito.
“A Polícia Judiciária, em inquérito dirigido pelo Ministério Público – DIAP Regional de Coimbra, levou a cabo, no passado dia 27 de junho, uma operação, na localidade de Vila Real, para apurar as concretas circunstâncias em que ocorreu a queda de um helicóptero no Rio Douro, na localidade de Cambres, em Lamego, a 30 de agosto de 2024, e que vitimou cinco militares da GNR. No âmbito da investigação, conduzida pelo Departamento de Investigação Criminal de Vila Real, foram realizadas buscas domiciliárias e não domiciliárias e apreendido diverso material probatório”, lê-se no comunicado da PJ.
As autoridades avançaram ainda que a investigação prossegue com a colaboração da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Força Aérea e Autoridade Nacional de Aviação Civil.
Cinco mortos
Em 30 de agosto, um helicóptero de combate a incêndios florestais caiu no rio Douro próximo da localidade de Samodães, em Lamego, tendo provocado a morte aos cinco militares da GNR, com idades entre os 29 e os 45 anos. O piloto da aeronave foi resgatado com vida, apenas com ferimentos ligeiros.
O helicóptero acidentado, do modelo AS350 – Écureuil, era operado pela empresa HTA Helicópteros, sediada em Loulé, Algarve, e o acidente aconteceu quando regressava ao Centro de Meios Aéreos (CMA) de Armamar (Viseu), onde estava sediada, vinda de um fogo no concelho de Baião.
Logo na altura, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) referiu que o piloto disse ter observado, antes do acidente, “uma ave de médio porte” na mesma linha de voo, obrigando a “um desvio”.
Este organismo referiu que “no voo de regresso à base de Armamar, a aeronave iniciou uma descida constante, onde sobrevoou a margem esquerda (sul) do rio Douro em direção à cidade de Peso da Régua (Vila Real)”.
“No decurso dessa descida, segundo as declarações do piloto [único sobrevivente], este terá observado uma ave de médio porte à mesma altitude e na trajetória do helicóptero, que o obrigou a executar um desvio à direita, retomando a rota logo de seguida. Dos dados recolhidos até ao momento não foi possível determinar de forma independente o ponto de execução dessa manobra”, sublinhou, na altura, o GPIAAF.
Em sequência, pelas 11h32, acrescentava a investigação, “mantendo a descida em direção ao rio em volta à esquerda, a aeronave colidiu com a superfície da água com uma velocidade em torno dos 100 nós (185 km/h) por motivos a determinar”.
“No processo de dissipação de energia ocorrido durante a colisão, o piloto, sentado à direita, e o ocupante da cadeira esquerda do cockpit foram projetados para fora da aeronave”, lia-se ainda na Nota de I,prensa.
Segundo o GPIAAF, “as evidências sugeriam que o motor da aeronave estava a produzir potência no momento da colisão”.
Paralelamente, tinha também sido anunciado que o Ministério Público tinha aberto um inquérito que termina agora com o piloto a ser constituído arguido.