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Jorge Marques
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Magda Matos
A gravidez é uma vivência única em que cada mulher a experiencia à sua maneira!
Porém, as transformações fisiológicas, físicas e psicológicas que ocorrem justificam um adequado e regular acompanhamento clínico, no sentido de manter um estilo de vida saudável e prevenir eventuais complicações, como por exemplo a Toxoplasmose.
A infeção por toxoplasmose ocorre através de um parasita designado por Toxoplasma gondii. Esta infeção não é problemática para a grande maioria das pessoas porque o sistema imunitário não permite que se desenvolva a doença. Contudo, quando se desenvolve doença, esta poderá manifestar-se com sintomas semelhantes a uma gripe comum, nomeadamente febre, suores, dores de cabeça e dores musculares.
No entanto, quando a primeira infeção ocorre na mulher grávida, existe um maior risco de transmissão ao feto, desenvolvendo uma doença a que se dá a designação de toxoplasmose congénita. Este risco de transmissão para o feto é tanto maior quanto mais avançado for o tempo de gestação, na altura em que a mãe for infetada. Por outro lado, as consequências da toxoplasmose poderão ser mais gravosas se a transmissão ao feto ocorrer num período mais inicial da gravidez.
A apresentação clínica da toxoplasmose congénita é variável, podendo incluir sintomas variados como alterações na retina, alterações auditivas, alterações cerebrais e/ou aumento de líquido dentro do crânio. Atualmente, existem algumas opções terapêuticas que reduzem o risco de transmissão da doença da mãe para o feto e, caso já tenha havido infeção do feto, diminuir as suas consequências no mesmo.
Dado que a infeção primária por Toxoplasma Gondii tende a passar despercebida devido à ausência de sintomas, é importante a realização de pesquisa de anticorpos contra este parasita em consulta pré-concecional e, na ausência de imunidade, uma vez por trimestre. Caso tenha imunidade para esta doença, não necessita de repetir este rastreio.
Importa realçar que esta doença não se transmite de pessoa para pessoa e que as principais formas de transmissão são através da ingestão de alimentos crus ou mal cozidos que contenham a forma inativa (quisto) do parasita ou através do contacto com terrenos que tenham fezes de gatos com ovos do parasita.
Assim, se está grávida, não é imune à toxoplasmose e quer prevenir que o/a seu/sua bebé venha a contrair Toxoplasmose Congénita, deve ter os seguintes cuidados:
Mantenha o acompanhamento médico e de enfermagem durante a gravidez. Proteja-se a si e a criança que está a gerar!
Catarina Reis; Rui Gonçalves e Vanessa Rodrigues – Médic@s IFE de Medicina Geral e Familiar na USF Grão Vasco, em colaboração com a UCC Viseense
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Pedro Escada