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Os trabalhadores dos setores da hotelaria e da restauração não têm aumentos salariais há mais de dois anos e são explorados pelos patrões do setor. Quem o diz é Afonso Figueiredo, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro.
O sindicalista responde assim às queixas dos empresários do setor, que tinham alertado ao Jornal do Centro para a falta de mão de obra para trabalhar em hotéis e restaurantes. Um “grave” problema para este ramo, como alertou a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), dada a dificuldade em contratar pessoal.
Em resposta, Afonso Figueiredo garante que não há carência de pessoal e diz que o problema passa pelos baixos salários que fazem com que o setor não seja atrativo para trabalhar.
“Não há falta de mão de obra. Haverá é, com certeza, trabalhadores com muita pouca disponibilidade e vontade de trabalhar no setor e esta é uma situação antiga que o sindicato tem vindo a alertar há alguns anos”, afirma.
O sindicalista lembra que boa parte dos trabalhadores da hotelaria e da restauração não tiveram qualquer aumento salarial desde 2019. Fazendo a comparação com a tabela salarial que é praticada na Função Pública, Afonso Figueiredo recorda que o salário mínimo nacional atinge nesta altura o nível 5 dessa mesma tabela.
O porta-voz denuncia outros problemas que afastam os trabalhadores da hotelaria e da restauração, que “têm sido vítimas ao longo dos últimos anos”.
Afonso Figueiredo fala em “desregulação” dos horários laborais, em que “os patrões estão constantemente a alterar os horários dos trabalhadores”, e também para o trabalho aos fins de semana e feriados que desmotiva quem trabalha nos hotéis e restaurantes.
“O facto de trabalharem aos sábados, domingos e feriados já é, por si só, um fator que desmotiva os trabalhadores e a AHRESP já identificou este problema, mas ele não pode ser visto de forma isolada. É desmotivador porque está associado aos baixos salários e à situação de exploração que temos vindo a denunciar há muitos anos”, explica.
Afonso Figueiredo acrescenta também que vários patrões “obrigam os trabalhadores a trabalho extraordinário que não pagam” nos locais de trabalho.
Segundo o presidente da delegação de Viseu da AHRESP, o problema da falta de mão de obra tem-se sentido mais nas termas, nas albufeiras e nos principais centros urbanos. A associação patronal já pediu ajuda ao Estado para resolver a situação, através da requalificação de desempregados de outros setores ou da vinda de trabalhadores estrangeiros. Uma dificuldade que se tem vindo a sentir não só em Viseu como também no resto do país.