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Teresa Cruz. A história da mulher do PCP e o atentado à bomba de que escapou

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26.06.21
fotografia: Jornal do Centro
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Já aos anos que sentimos o espírito crítico de Maria Teresa de Almeida Cruz, militante do Partido Comunista. Do outro lado, apenas uma voz delicada a concordar em escrever-nos as suas memórias desse tempo já tão longínquo. Assim foi. Há uns largos dias, recebemos a sua história. E que palavras tão genuínas e ao mesmo tempo capazes de nos arrepiar em breves segundos. Sentimos-lhe o amor à luta pelos direitos dos trabalhadores e do povo. O melhor? Tudo começou bem cedo, depois de concluir a licenciatura e ser colocada na Escola Dom António da Costa, em Almada. Integrou reuniões com outros docentes para partilhar assuntos que afligiam a sociedade portuguesa em plena ditadura (escusado será dizer, na clandestinidade). Um movimento que, mais tarde, “configuraria o Movimento Democrático Português (MDP)”.

Anos se passaram, e Teresa Cruz regressou a Mangualde. Reuniões de reflexão política e social não faltaram. Em poucas palavras, “falava-se sobretudo no significado dessa mudança política., das imensas dificuldades pelas quais passavam as pessoas, da liberdade de pensar e de falar, do significado dos direitos, da exploração dos trabalhadores, da dificuldade do emprego e baixos salários e da necessidade das crianças frequentarem a escola”, enumerou.

O tão desejado Dia da Liberdade acabou por chegar a 25 de abril de 1974. A ânsia de alcançar novos direitos e a mais pura das liberdades ultrapassava grande parte dos portugueses, especialmente aqueles que lutaram nas profundezas do secretismo. “Trazia comigo era a esperança de uma luz, de uma primavera política que vivia amordaçada pela situação de ditadura”, confessou. Na verdade, “o dia foi o deslumbramento, foi um dia de alegria, mas o mais importante foram os passos após o mesmo” com sessões de esclarecimento contínuas nas diversas aldeias do concelho, juntamente com Diamantino Furtado (Dr. Dino), conhecido médico no concelho.

Mudança é quase sinónimo de “críticas” e obstáculos ao avanço pelo que é diferente do habitual. “Há sempre pessoas que a ovacionam e outras, que não desejam essa mudança e chegavam a ser hostis”, admitiu. Aliás, “não foram poucas as vezes que nos desligavam a luz, atiravam areia para a sala da reunião ou atavam latas e panelas ao carro deu Dr. Dino”, contou.

Perguntámos-lhe também sobre o atentado de bomba contra o seu carro. E não hesitou em explicar-nos: “Estava a dormir quando tudo aconteceu. Certo é que ele estava estacionado no espaço em frente da esquadra da PSP que nesse tempo existia em Mangualde e sediada na ponta direita do Edifício da Câmara e como nessa noite não havia carros lá estacionados foi lá que o coloquei. Prejudicou-me também porque era nele que, diariamente, me deslocava a Viseu pois estava em estágio profissional na Escola Emídio Navarro”, disse, acrescentado que “posteriormente falava-se que a autoria seria de forças ligadas ao antigo regime” de Salazar.

Hoje, com 81 anos, continua ligado ao Partido Comunista, mas não de forma ativa pela idade que já pesa. Guardámos a pergunta que mais gosto lhe terá dado responder. ‘O que guarda do PCP?’. Respondeu-nos em leves palavras: “O PCP é um Partido amadurecido, sem radicalismos imaturos e sobretudo coerente, e por isso o admiro. Lembro-me de uma reunião após terem colocado a bomba no meu carro, em que um elemento sugeriu que em retaliação, podiam fazer a mesma coisa, ao que o funcionário presente disse, de imediato: “ Não! Nunca! Por favor! Jamais o Partido irá responder com violência a atos de violência a que sejam sujeitos os seus membros!”- E disso guardo um sentimento muito positivo. Guardo também respeito pela sua Política Social em defesa dos mais desfavorecidos e mais explorados”, rematou Teresa Cruz.

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