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Foi uma requalificação profundo, demorada e, também, “dispendiosa” a que o novo Terminal Rodoviário de Viseu foi sujeito e é um equipamento em que toda a população é simultaneamente “proprietária e utente”. Estas foram as palavras iniciais do presidente da Câmara de Viseu na inauguração do Terminal que decorreu no final desta tarde, cerimónia que o autarca considerou “singela” e onde lembrou que a obra iniciada em 2020 no executivo liderado por Almeida Henriques) custou quase seis milhões de euros.
“Foi, porventura, a sua requalificação mais profunda, mais duradoura e também, porque não dizê-lo, também a mais dispendiosa. Acreditamos que, por isso, não necessitará de outra intervenção semelhante nas próximas décadas. Seguramente que vai precisar, apenas, de manutenção. Foi um pesado esforço orçamental e por isso deve ser permanentemente vigiada por todos. Todos nós somos simultaneamente proprietários e utentes deste equipamento, todos nós devemos ser vigilantes atentos”, pediu Fernando Ruas, lamentando que o edifício novo já esteja “grafitado” em zonas públicas.
Além de servir de terminal rodoviário, o equipamento tem ainda espaço para mais de uma centena de lugares de estacionamento e escritórios onde foram instalados alguns serviços da autarquia, como a área da fiscalização de obras públicas e divisão de energia e mobilidade. “Isto permitiu retirar os serviços de locais privados onde estávamos a pagar avultadas rendas”, admitiu o presidente da Câmara.
O autarca lembrou que a obra foi feita em duas fases, demorou mais tempo porque apanhou a época da pandemia e que o orçamento subiu porque aumentaram os preços dos materiais. “A intenção deste singelo ato é tão somente deixar marcada a conclusão de um equipamento bem dispendioso que foi duradouro na sua conclusão. Por isso, entendemos que deveria ser assinalado”, reforçou.
Fernando Ruas não perdeu também a oportunidade para deixar reparos a quem nas redes sociais deixou críticas, nomeadamente por o autarca sempre ter dito que não iria inaugurar o Terminal com “pompa e circunstância” ou por não aceitar a proposta de dar o nome de Almeida Henriques a este equipamento.
“O padre António Vieira dizia que para falar ao vento – e eu acrescento que para escrever nas redes sociais – as palavras chegam. Para falar aos corações são necessárias obras e são essas obras que vamos apresentar aos viseenses”, disse o autarca.