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As escalas do serviço de urgências do Hospital de Viseu para o mês de dezembro ainda não foram feitas, algo que normalmente acontece com cerca de um mês de antecedência, explicou Nuno Duarte, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Tondela-Viseu. O responsável, contudo, adiantou que a situação verificada no mês de novembro em relação aos constrangimentos na via verde coronária não se irá repetir.
Cerca de 80 médicos apresentaram até ao momento escusa de responsabilidade em relação à realização de horas extraordinárias. “O que nós tentamos é otimizar as escalas de modo que se garanta a urgência aberta, até porque ela não está fechada, há é especialidades que durante a noite estão encerradas”, explicou Nuno Duarte. O líder do conselho de administração esclareceu ainda que “para Coimbra têm ido pouquíssimos doentes”.
“No que diz respeito a ortopedia, por exemplo. Uma pessoa chega a Viseu com uma fratura e quando chega com uma fratura não é intervencionada de imediato. Faz a logística toda, é preparada e depois é operada de manhã. Os casos que têm ido para Coimbra são casos que não se conseguiriam resolver na sua maioria no Hospital de Viseu”, disse Nuno Duarte.
O responsável, contudo, lamentou que “num hospital como o de Viseu, localizado numa região destas, ”. “É um hospital central e que não tem mais nenhum à sua beira, não como Lisboa, em que se não dá num vai-se para outro”, contou ainda o presidente do conselho administrativo. “Nós temos recebido muitos doentes da Guarda, porque a Guarda está numa situação muito complexa.”
Segundo o responsável de administração, é o Centro Hospitalar Tondela-Viseu que está a suportar os custos de transporte dos doentes. “Quando um doente dá entrada no hospital [de Viseu], colocamos um carimbo e a partir do momento em que tem o carimbo é o hospital que paga, para além de estarmos a utilizar recurso que muitas vezes são escassos, como os transportes”, concluiu.
Esta sexta-feira, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde emitiu o plano de reorganização dos serviços de urgências do país, dando conta de 37 urgências em Portugal continental que, de 19 a 25 de novembro, não irão funcionar em pleno em pelo menos uma especialidade. Ao todo, serão abrangidos 36 hospitais e um centro de saúde. Na região Centro, serão oito os serviços de urgências afetados.
O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Tondela-Viseu falou à margem da Semana da Literacia Positiva, uma iniciativa que decorre entre os dias 15 e 18 de novembro. Neste evento, algumas entidades do município de Viseu como o a PSP, os Bombeiros Voluntários de Viseu apelam a donativos. SNS deve-lhes mais de 200 mil euros e os Bombeiros Sapadores, o hospital de Viseu ou a Proteção Civil dão formação básica a alunos do primeiro ciclo do ensino básico.
“O Hospital está grato às pessoas que lideram este projeto. Tem tido uma forte aceitação por parte não só da comunidade escolar, mas também das crianças, e como podemos observar, elas estão muito interessadas nestes assuntos que são aqui abordados”, afirmou Nuno Duarte. “Não esquecer aqui também um agradecimento muito especial a todas as outras entidades que colaboraram neste projeto. É uma iniciativa que eu até acho que devia ser replicada noutros municípios e noutros hospitais porque estamos a falar de literacia em saúde.”
“Hoje em dia muitas vezes temos sempre uma certa vontade de ir pesquisar alguns assuntos ao google, mas aqui é que nós temos a informação verdadeira, e é muito importante este tipo de informação, transmitida pelos profissionais do hospital e de outras entidades que estão aqui presentes”, concluiu.