greve escola encerrada viseu
FAV Facebook
458180467_1020403099879178_2495220027745938229_ns
261121083019a9f55af575cc44675655afd52fd8ee0b7e8852f2
221221102816ea5e4a48ad2623f3eea1d59d63cf34ae78d05d1d
140122144234ddd8df4b510d3e43d02babb42d9dd1f2fb699a5c

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…

01.10.24

Sabia que é possível parecer mais jovem e elegante com os seus…

01.10.24

No segundo episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…

01.10.24

por
Raquel Costa, presidente da JSD Concelhia de Tarouca

 Escoamento de talentos: Um desafio estrutural, político e do

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

 Comboios, impostos e “maduristas”

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

 Um fungo
Uber Eats_01-min
Novo Peugeot E-3008_R6JG2754
Bairro Feliz Pingo Doce
Home » Notícias » Colunistas » Visitas indesejadas

Visitas indesejadas

 Visitas indesejadas
26.02.22
partilhar

1. Como esta crónica é para ser publicada no período do carnaval, começo com uma brincadeirinha em forma de guião.

Toca a campainha da porta, hall de entrada:
uma família recebe a visita do chefe logo após o jantar e, apesar de ele estar a levar a empresa à falência, recebe-o com toda a simpatia…
— “olá, olá, chefe!”, “que surpresa!”, “como está?”

Corta!, sala de estar, mesa com bebidas e alguns snacks, televisão ligada sem som:
— “sente-se aqui!”, “que toma?”, “um café?”, “um Porto?”, “temos aqui umas trufas muito boas!”, “conte coisas!”, …
— dez horas, e o chefe: “blá-blá-blá…”, …
— onze horas, e o chefe: “blá-blá-blá…”, …
— meia-noite, o dono da casa: “a-conversa-está-óptima,-mas…”, o chefe: “blá-blá-blá…”, …
— uma da manhã, a dona da casa: “bom,-amanhã-temos-que-trabalhar…” , o chefe: “blá-blá-blá…”, …
— duas da manhã, o chefe: “blá-blá-blá…”, os donos da casa levantam-se e bradam: “desculpe, dr. Rui Rio, já chega de “blá-blá-blá!”

2. Na quinta-feira, o sr. Putin fez uma visita sem convite à Ucrânia. Invadiu aquele país por terra, mar e ar. Está a cair em cima de um país pacífico e democrático o fogo assassino da guerra, disparado por um autocrata com delírios imperiais que quer impor a lei do mais forte — se o vai conseguir ainda estará para se ver.
Paira sobre a Europa a incerteza e a angústia. O que acaba de acontecer na Ucrânia vai ter impactos duradouros no velho continente e no mundo. Ninguém pode, neste momento, prever as consequências deste abalo tectónico.
Para já, no imediato, no que pudermos, solidariedade total com os ucranianos.
No médio e longo prazo há que:
— infernizar a vida dos oligarcas russos, eles que levem para outro lado as suas mafiosices e o dinheiro que roubam ao povo russo;
— acelerar a transição para as energias renováveis, embora, por causa desta emergência, possa ser necessário algum regresso transitório ao carvão;
— fazer mais gasodutos a atravessar o Mediterrâneo e mais terminais de gás natural liquefeito, designadamente em Sines;
— perceber que a UE já não pode nem deve dormir descansada à sombra do guarda-chuva norte-americano, os EUA estão em perda, deixaram de poder ser o polícia do mundo e querem virar-se para a Ásia;
o soft-power europeu tem força, é um farol de decência neste desvairado planeta, mas já não chega, precisamos de ter também hard-power, necessitamos de aumentar, e muito, o músculo militar;
essa decisão política, vital para o nosso futuro, que é tudo menos barata, precisa de ser consensualizada entre os democratas-cristãos, os conservadores, os liberais, os sociais-democratas e os verdes;
os comunistas e a ultradireita, ambos farinha do mesmo saco putinista, hão-de querer sabotar esse esforço, mas, já se sabe, a UE existe apesar deles e para nos livrar do iliberalismo deles.

 Visitas indesejadas

Jornal do Centro

pub
 Visitas indesejadas

Colunistas

Procurar