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Dois grupos e outras tantas personalidades de Vouzela foram homenageadas esta quarta-feira (14 de maio) na sessão solene do feriado municipal.
A Câmara distinguiu o Grupo de Cavaquinhos e Cantares à Beira, os Guardiões da Tradição dos Tapetes de Flores do Corpo de Deus, José Manuel Madeira Martins – ex-chefe das obras da própria autarquia – e Maria Raquel Marques Ferreira – que foi diretora do Agrupamento de Escolas local.
Na sua intervenção, o presidente da Câmara, Carlos Oliveira, sublinhou que Vouzela celebrava “não apenas o feriado municipal, mas a fortaleza de uma comunidade unida que enfrenta os desafios com determinação e otimismo”.
“As homenagens que hoje prestamos mostram-nos que a constância, a persistência, a dedicação, e acima de tudo o serviço público, têm um valor inestimável. A missão de servir a causa pública, transversal a todos os nossos homenageados, deve ser dignificada e honrada pelos que a vivem e por todos nós que dela precisamos. Respeitemos e acarinhemos quem faz, quem se entrega e quem vive a missão de trabalhar para a comunidade, seja numa associação, numa paróquia, numa escola ou numa autarquia. Que este dia nos recorde o imenso potencial que pulsa em cada canto de Vouzela”, afirmou.
Após receber a condecoração municipal em nome do grupo a que preside, o presidente do Grupo de Cavaquinhos e Cantares à Beira, Jorge Rocha, lembrou que, nos últimos 33 anos, a instituição “tem-se dedicado à preservação e divulgação não só da música tradicional de Queirã e da região, mas também à recolha e preservação das tradições”.
Pelos Guardiões da Tradição dos Tapetes de Flores do Corpo de Deus, o padre Ricardo Oliveira recordou a importância da celebração católica em terras como Vouzela, onde os tapetes de flores são a imagem de marca. “Um belíssimo tapete florido que é um encanto e que é feito por estes guardiões, estas gentes da nossa terra e outras que, no dia anterior ou no próprio dia, se juntam para a fazer”, sublinhou.
Já José Martins admitiu sentir que preencher muita da sua vida “com a Câmara e com o municipalismo” e que se tornou “uma referência da casa”. “O tempo passou e tive sorte. Tive sorte de aprender com gente anónima, humilde e desinteressada. Tive sorte de ter amigos, inimigos, quejandos e assim assim. Tive a sorte de ser esperançoso sem ter tédio, de ser empático perante os reveses dos outros e de excomungar a apatia”, afirmou.
E Raquel Ferreira partilhou a homenagem a ela concedida com a família, a escola e as mulheres anónimas que “são discriminadas e a quem não são proporcionadas a sua participação na vida política e associativa, em ações culturais e formativas, cortando-lhes a liberdade”. “Colegas, amigos e população em geral, continuem a contar comigo e estarei sempre convosco pela escola, mas sobretudo por Vouzela”, disse.
O Grupo de Cavaquinhos e Cantares à Beira, com mais de três décadas de existência, foi reconhecido pelo papel fundamental na preservação e promoção da identidade cultural local, através de uma atuação pautada pela autenticidade e dedicação.
Já os Guardiões da Tradição dos Tapetes de Flores do Corpo de Deus mantêm viva a tradição num trabalho que junta fé, arte e comunidade, dando cor e vida às ruas de Vouzela ano após ano.
José Martins dedicou 40 anos ao trabalho como chefe da Divisão de Obras Municipais da Câmara, desempenhando um papel no desenvolvimento urbanístico e estrutural do concelho. E Raquel Ferreira dedicou cerca de quatro décadas ao cargo de diretora do Agrupamento de Escolas de Vouzela e envolveu-se ativamente na vida política, pública e associativa.