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Casa da Câmara: os Paços do Concelho destruídos por um incêndio no final do século XVIII

Até 1796, a Câmara Municipal de Viseu encontrava-se na Praça D. Duarte, e era conhecida por Casa da Câmara. O edifício servia ainda de prisão e açougue

Diogo Paredes | diogo.paredes@jornaldocentro.pt
 Casa da Câmara: os Paços do Concelho destruídos por um incêndio no final do século XVIII
29.06.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Casa da Câmara: os Paços do Concelho destruídos por um incêndio no final do século XVIII
29.06.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Casa da Câmara: os Paços do Concelho destruídos por um incêndio no final do século XVIII

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No ponto central da cidade de Viseu, conhecido por Rossio, situa-se o atual edifício da Câmara Municipal. De forma retangular e de grande envergadura, este edifício do século XIX é de fácil distinção para qualquer pessoa que circule no Rossio de Viseu (ou Praça da República). Antes do século XIX, contudo, os destinos da cidade eram decididos noutro local.

Até 1796, a Casa da Câmara – nomenclatura antiga para a Câmara Municipal – ficava na atual Praça D. Duarte (que já teve no passado também a alcunha de Rossio de Viseu). De acordo com a tese da historiadora Liliana Castilho, intitulada “A cidade de Viseu nos séculos XVII e XVIII – Arquitetura e Urbanismo”, a Casa da Câmara encontrava-se no final da rua do Comércio. Além de tratar da administração da cidade, neste edifício funcionavam ainda a cadeia civil e o açougue público de Viseu.

Há várias hipóteses em relação ao ano em que foi construída esta casa. Botelho Pereira data a sua construção de 1580, com autoria de Domingos Borges da Costa, primeiro corregedor da comarca da Viseu. As Memórias Paroquiais de 1758, por seu lado, colocam a construção do edifício no ano de 1570, a mando do rei D. Sebastião. “Junto com a casa da Câmara está a cadea da correyçam e por cima a grande casa em que fazem as audiências, a qual, por baixo das duas janellas que lanção sobre a praça, tem gravada em huma pedra esta noticia: Esta obra se fes por mandado del Rey Dom Sebastiam anno de mil quinhentos e setenta”, afirmam as Memórias Paroquiais de 1758.

De acordo com Liliana Castilho, contudo, “o emprazamento efetuado pelo Cabido a Jorge de Abreu, cidadão, em 1564, demonstra com clareza essa existência, sendo assim clara a existência de um edifício já na década de sessenta com as mesmas funções e ocupando o mesmo espaço”. Não é percetível, portanto, se a obra de 1580 implicou a construção de um novo edifício ou se foram apenas obras de renovação e que deram origem à placa onde Botelho Pereira constatou a autoria de Domingos Borges da Costa.

A 19 de março de 1724, de acordo com a historiadora, os vereadores da Câmara “mandarão se consertasse a caza da Camera e que a obra se puzesse em preguão fazendosse apontamentos”.  Três anos mais tarde, a 30 de julho de 1727, foram encomendadas novas obras no edifício, desta vez para o acrescento de duas chaminés na casa da cadeia, a caiação da sala de audiências e algumas alterações ao mobiliário.

No ano de 1796, contudo, um incêndio na Praça D. Duarte acabou por destruir o edifício da Casa da Câmara. A escolha da construção de um novo edifício mais amplo e moderno no Rossio de Maçorim foi tomada em 1799, o que acabou por dar início à descentralização do Rossio de Viseu.                                                                                   

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