Mosaico: ainda há 20 artistas para ver no centro histórico de Viseu

A primeira edição do Festival Mosaico | Festival ao Centro continua esta sexta-feira, 11 de julho, e prolonga-se até amanhã, sábado, dia 12, no centro histórico de Viseu. O evento tem entrada livre e conta com 30 concertos em cinco palcos ao ar livre, espalhados por pontos emblemáticos da cidade. 

A programação, segundo o Município é “ampla e transversal”, e pretende promover a diversidade artística e valorizar o património urbano e cultural da cidade.

O primeiro concerto do dia começa às 19h45 no Palco da Praça, na Praça D. Duarte, com Milhanas, jovem cantora e compositora portuguesa nascida em 2001. “Destaca-se pela intensidade e autenticidade das suas criações musicais”, sendo fortemente influenciada pela literatura portuguesa e pela música moderna, gospel e jazz.

Às 21h45, no mesmo palco, atua Nenny. Marlene Tavares, conhecida como NENNY, é uma artista de ascendência cabo-verdiana que se destacou com o single “Sushi”, em 2019. Desde então, lançou o EP AURA e foi nomeada para os Prémios Play, Globos de Ouro e MTV European Music Awards. Participou em projetos como o Colors e o Tiny Desk da NPR.

No Palco do Mercado, no Mercado 2 de Maio, Tiago Nacarato atua às 20h15. O cantautor português tem desenvolvido uma carreira sólida com digressões na Europa e no Brasil. Mais tarde, às 22h15, é a vez de Moullinex GPU. O projeto resulta da colaboração entre Moullinex (Luís Clara Gomes) e GPU Panic (Guilherme Tomé Ribeiro), dois produtores e compositores que exploram a música eletrónica com foco na “humanidade”.

No Palco do Adro, junto à Sé, o concerto das 20h45 junta Buba Espinho e Cantadeiras da Essência Alentejana. Buba Espinho é natural de Beja e é um dos principais nomes da música de raiz em Portugal, que combina fado, cante alentejano e sonoridades urbanas. 

Às 22h45, atua Agir, artista que conta com mais de 20 anos de carreira. “Pioneiro num pop mais urbano e anglo-saxónico”, é também produtor e trabalha com nomes como Carolina Deslandes e Bárbara Bandeira.

O Palco da Igreja, na Igreja Nossa Senhora do Carmo, é dedicado a artistas de Viseu. Às 20h30 atua Marlow Digs, beatmaker com influências do jazz e do boom-bap. 

Às 21h15 segue-se Outlaw Alliance, dupla de rappers viseenses que procura “restaurar a essência pura do rap”. São primos e são um dos grupos vencedores do concurso Sons À Solta. Recentemente lançaram quatro músicas que pertencem ao projeto Lázaro, e pretendem lançar as restantes até ao final do ano.

Às 22h00 é a vez de Érika Martyns, artista versátil que integrou a banda ARY e agora segue carreira a solo num registo R&B/Pop. A artista já fez a abertura de concertos dos Toploader e Bury Tomorrow.

Por fim, no Palco do Largo, no Largo de Santa Cristina, é Tilhon quem encerra o dia às 22h45. Tem mais de 20 anos de carreira no hip-hop nacional, e o artista viseense distingue-se pelas letras e beats influenciados por guitarra clássica, fado e flamenco.

O festival termina no sábado, 12 de julho, com mais dez concertos em cinco palcos. No Palco da Praça, Matay atua às 19h45. O cantor destacou-se em 2015 com “Dizer Que Não” e em 2019 alcançou o terceiro lugar no Festival da Canção com “Perfeito”. Às 21h45 segue-se Rita Rocha, jovem artista revelada no The Voice Kids em 2021, com o single platina “Mais ou Menos Isto”.

No Palco do Mercado, Noiserv atua às 20h15. Projeto de David Santos, é considerado um dos mais criativos da música portuguesa contemporânea. Às 22h15 segue-se Irma, cantora lisboeta com raízes angolanas cuja música “reflete essa influência cultural”.

No Palco do Adro, The Black Mamba sobem ao palco às 20h45. A banda de soul, funk e blues formada em 2010 ficou conhecida internacionalmente ao representar Portugal na Eurovisão 2021 com “Love Is On My Side”.

Às 22h45, Mizzy Miles encerra o palco do Adro. DJ e produtor, colaborou com artistas como Slow J, Ivandro, T-Rex e Diogo Piçarra. O seu álbum Fim do Nada conta com vários galardões de Ouro e Platina.

No Palco da Igreja atuam, às 20h30, CARNE, uma “anomalia sónica” nascida em 2023 que produz música “concebida para robôs”, às 21h15, Amaterazu, com um som que mistura doom, psicadelismo e rock alternativo, e às 22h00, Bastardos do Cardeal, banda formada nos anos 80 que regressa com novas versões de temas punk e post-punk.

No Palco do Largo, The Legendary Tiger Man fecha a noite às 22h45. Nome artístico de Paulo Furtado, o músico desenvolveu uma carreira internacional assente na reinvenção de géneros como blues, garage rock e punk, destacando-se desde o lançamento de Naked Blues, em 2001.

O Festival Mosaico é descrito como “um projeto de acesso gratuito à população e visitantes que articula o espaço urbano e o património histórico com uma programação musical ampla e transversal”. São 30 concertos, três dias e cinco palcos.