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Os trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Viseu exigem receber mais do que o salário mínimo e que a instituição aplique as revisões salariais do contrato coletivo de trabalho. Pedem ainda a uniformização dos períodos normais de trabalho para as 37 horas. Os funcionários estiveram reunidos esta terça-feira em plenário convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro. No final, dirigiram-se à sede da Santa Casa da Misericórdia para entregar uma moção com as exigências.
Segundo Afonso Figueiredo, dirigente sindical, o que a moção pede é que a direção da instituição seja sensível às reivindicações dos trabalhadores que são “uma questão de justiça”.
“Com essa moção, reiterámos propostas que já vínhamos apresentando à Misericórdia, nomeadamente a aplicação da tabela do contrato coletivo de trabalho da CNIS (Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade). O contrato coletivo de trabalho passou a aplicar-se em 2022, por força de uma portaria de extensão. No entanto, a Misericórdia não aplicou nem refletiu as revisões salariais posteriores. Isto significa que os trabalhadores viram reconhecidas e valorizadas as suas condições de trabalho, mas continuam com os salários congelados desde 2022. Isso faz com que, neste momento, a grande maioria esteja a receber apenas o salário mínimo nacional”, explicou Afonso Figueiredo.
Segundo o resposnável, no universo da Misericórdia, que emprega mais de 300 trabalhadores, esta situação “afeta a grande maioria, cerca de 200 pessoas”.
Os trabalhadores não se conformam com o facto de receberem salários inferiores aos restantes que trabalham em outras Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) em que se aplica a convenção da CNIS, explicou Afonso Figueiredo.
Outra das exigências feitas foi “a uniformização das cargas horárias para as 37 horas semanais, uma vez que hoje dentro da Misericórdia há trabalhadores com cargas horárias diferentes, que vão das 35 às 40 horas semanais”, acrescentou.
Afonso Figueiredo contou que, na semana passada, o sindicato e a comissão sindical reuniram com o provedor da instituição, tendo-lhes sido transmitido que “não há intenção, para já, de aceder à reivindicação principal, que é a da aplicação da tabela salarial”, mas que “houve uma abertura para se resolver a questão da uniformização para as 37 horas” e “foi resolvido um conjunto de outras questões, que se prendem com progressões na carreira”.
Caso a Santa Casa da Misericórdia de Viseu não dê uma resposta positiva às reivindicações, os trabalhadores poderão agendar formas de luta, como greves e concentrações.