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O presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe ativou o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil por causa da situação dos incêndios no concelho que neste momento tem várias frentes ativas.
Com as chamas a chegarem a várias localidades e pedidos de evacuação, o Município colocou em prontidão o ExpoSalão, que servirá como ponto de acolhimento para pessoas sob ameaça direta dos incêndios que atingem várias freguesias. O espaço foi preparado para receber de imediato a população, contando com a presença de equipas de apoio e profissionais de saúde para garantir assistência.
As autoridades apelam à colaboração e vigilância da população, sublinhando a importância de cumprir todas as orientações de segurança emitidas pela Proteção Civil.
O que mais se ouve quando se percorrem as várias freguesias, onde as estradas ainda não estão cortadas, é que “está tudo a arder”.
No terreno, bombeiros, equipas especiais da GNR e bombeiros juntam-se em “verdadeiros cordões humanos” para fazer face às chamas. Em babosa, por exemplo, são as equipas da GNR que combatem o incêndio, num cenário onde só se vê vermelho e as luzes azuis das viaturas.
No distrito de Viseu, mantém-se ativo o incêndio em Sátão, onde em Águas Boas as chamas entraram na povoação e arderam alguns barracões e muitos quintais. O receio é de que o fogo chegue à EN229 e que atravesse para o outro lado, juntando-se a outra frente de Aguiar da Beira, onde também as chamas chegaram às freguesias de Eirado, Carapito e União de Freguesias de Souto de Aguiar da Beira e Valverde.
Nestes fogos que afectam os concelhos de Sernancelhe, Aguiar da Beira e Sátão estão mobilizados 613 operacionais.
Durante a tarde um bombeiro da corporação dos Voluntários de Vila Nova de Paiva ficou ferido ao ter sido atingido por ramos de árvores, já antes outros quatro operacionais tinham sido tamdém assistidos por queimaduras e transportados para o Hospital de Viseu.
Em resolução estavam já considerados os incêndios de Cinfães e Tabuaço que mantinham no local mais de 370 bombeiros.
A situação de alerta devido ao risco agravado de incêndio foi prolongada até domingo, anunciou esta quinta-feira a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, após uma visita à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
“Perante a adversidade de 22 dias consecutivos de calor intenso não dar sinais de abrandar, o Governo vai prolongar uma vez mais a situação de alerta, até domingo”, anunciou a ministra em declarações aos jornalistas.
Maria Lúcia Amaral sublinhou que se mantêm todas as restrições e proibições impostas pela situação de alerta de risco agravado de incêndio.
A governante começou por expressar a sua solidariedade e a do Governo para com as populações e os autarcas das regiões afetadas “perante esta calamidade, esta adversidade tão intensa” de “22 dias consecutivos de uma onda de calor ininterrupta”.
Maria Lúcia Amaral considerou que os incêndios que têm afetado o país vão ter “repercussões irreversíveis na vida das populações”.
A ministra deixou também “uma palavra de gratidão” todos os intervenientes no combate aos incêndios, nomeadamente bombeiros, Proteção Civil, sapadores, forças de segurança, autarcas e população, destacando o “cansaço e a exaustão” dos que estão há tantos dia no terreno a combater os fogos.
“Apesar do cansaço e exaustão, é preciso manter a vigilância e a luta” por parte das populações e autoridades para evitar novas situações, alertou, afirmando que “é um combate de todos”.
Confrontada pelos jornalistas com queixa de autarcas sobre falta de meios, a governante disse perceber e compreender estas preocupações e as críticas, mas que está no terreno “o maior dispositivo de sempre” no combate aos fortes incêndios que estão a assolar o país.
Contudo, afirmou que “com tudo o que está a acontecer os meios são sempre limitados”.
Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio desde 02 de agosto e nas últimas semanas têm deflagrado vários incêndios no norte e centro do país que já consumiram mais de metade dos cerca de 75 mil hectares de área ardida este ano.