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Miguel Gomes
Cresci numa casa e numa família onde tudo se questionava, e onde o espírito democrático e a participação crítica eram cultivados pelos meus pais. Desde cedo percebi o valor do Estado de Direito e o impacto que o desconhecimento dos nossos direitos pode ter, sobretudo para quem vive em contextos de maior vulnerabilidade. Estes são valores imateriais que me acompanham e que quero manter presentes no meu percurso, com o objetivo de desenvolver projetos que nos conduzam a um futuro mais solidário e próspero.
Hoje escrevo num contexto que me causa desconforto, pela agressividade e desonestidade que perceciono no debate político. Habituado a querer questionar e participar, não posso deixar de me interrogar sobre como, nos dias de hoje, os fundamentalismos partidários e ideológicos podem sobrepor-se ao verdadeiro sentido de servir. É certo que qualquer disputa, em qualquer contexto, exige um grau de firmeza nas convicções e nas ideias, em detrimento de outros projetos. Desde o contexto familiar à minha experiência académica/profissional, habituei-me a debater, concordar, discordar e procurar refutar todas as ideias. Quem não se questiona ou se interroga, na minha opinião, não está a servir uma comunidade, apenas os seus interesses.
Desde que nasci, Viseu teve três presidentes de Câmara: o Dr. Fernando Ruas, o Dr. Almeida Henriques e a Engª Conceição Azevedo. Embora todos pertençam ao mesmo partido, conhecemos formas muito distintas de liderar o concelho e o quotidiano dos viseenses. Isso reforça em mim a convicção de que, numa disputa autárquica, mais do que os partidos, contam as pessoas e as equipas.
Tenho uma paixão enorme por Viseu, de onde estive fisicamente afastado por motivos académicos e profissionais, mas à qual nunca deixei de estar ligado. É tempo de recuperar a capacidade de afirmação da região com uma política mais próxima das pessoas. Considero que este é o momento de apostar numa liderança voltada para a sociedade, de fazer com que a política em Viseu saia do Rossio e entre nas casas das pessoas. É tempo de afirmar projetos participativos, feitos por todos, na construção de um concelho inovador, sustentável e inclusivo.
Há muitas áreas que interferem diretamente com o bem-estar dos viseenses e que merecem um verdadeiro diagnóstico. Procurarei fazê-lo nas minhas intervenções futuras, assim como já o fiz em artigos anteriores. Não posso deixar de reconhecer o contributo do Dr. Fernando Ruas ao serviço da região, ainda que hoje me afaste da sua visão para o futuro. Esta sua recandidatura, na minha opinião, não oferece uma visão renovada nem soluções à altura do momento que atravessamos, como ficou evidente ao longo dos últimos quatro anos.
Acresce a esta minha convicção o facto de ter aceitado o desafio de me envolver politicamente num projeto ambicioso. Faço-o com o mesmo sentido de missão e independência com que abracei outros projetos ao longo do meu percurso. Comprometo-me com a minha região, procurando o diálogo e a construção de consensos em benefício do concelho de Viseu.
Encontrei no João Azevedo, candidato à Câmara Municipal, um discurso renovador e um projeto aberto à sociedade civil. É com essa visão que me junto à candidatura Nova Energia para Viseu, onde reconheço equipas com capacidade para marcar a diferença. Integro a lista da Assembleia Municipal e procurarei contribuir para o diálogo, os consensos e a construção de propostas que valorizem o nosso território.
Este não é um apelo ao voto. É um convite à reflexão e ao diálogo, sempre, por Viseu!
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Miguel Gomes
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Francisca Damião
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Telmo Figueiredo
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Joaquim Alexandre Rodrigues