Câmara de Lamego vai construir centro cívico em Cambres

A Câmara de Lamego vai construir um centro cívico em Cambres, que custará cerca de um milhão de euros, no âmbito de uma rede de equipamentos públicos que vão apoiar associações locais e atividades das freguesias rurais.

O anúncio do concurso público foi publicado na segunda-feira em Diário da República e prevê um preço base de 972.900,67 euros (sem IVA) e um prazo de execução de um ano.

O presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, explicou que Cambres será uma das quatro freguesias a ter um centro cívico, a par de Valdigem (já está em obra), Lalim e Britiande (ainda não foi lançado concurso).

Em Sande, já está “em fase adiantada de obra” um equipamento mais específico, um albergue que dará apoio aos Caminhos de Santiago, ao Caminho dos Monges e à Rota da Estrada Nacional 2.

“Os outros quatro são equipamentos polivalentes, de apoio às associações locais e às atividades da freguesia, nomeadamente festas, eventos, banda filarmónica, grupos de bombos, associações de moradores e centro paroquial”, explicou, acrescentando que cada um deles representa um investimento de cerca de um milhão de euros.

Francisco Lopes contou que Cambres, por exemplo, “tem uma banda filarmónica, um grupo de bombos e um conjunto específico de eventos e festividades locais, como a Irmandade do Senhor da Aflição, que comemorou este ano 150 anos”.

“São projetos com uma base e uma ideia comum, mas depois cada um ajustado à especificidade de cada freguesia e às dinâmicas já existentes e, muito especialmente, às dinâmicas novas que queremos criar”, frisou.

Este autarca do distrito de Viseu disse acreditar que “as freguesias rurais continuam a ter muito potencial e condições para que ali se possa viver”.

O investimento no Centro Cívico de Cambres está interligado com outros dois em curso na freguesia, nomeadamente a requalificação da rua principal e a criação de habitação social.

“Estamos a falar de quase cinco milhões de euros de investimento em Cambres, que é a segunda maior freguesia do concelho e tem uma vocação turística muito forte, com algumas das quintas mais importantes do Douro e as respetivas unidades hoteleiras”, sublinhou.

O objetivo destes e de outros investimentos já pensados é não só fixar a população, mas também “acomodar esses fluxos turísticos que dependem muito da animação, da preservação das tradições e da cultura”, justificou.

Francisco Lopes disse à Lusa que este será o segundo concurso público para o Centro Cívico de Cambres, depois de o primeiro ter ficado deserto.

“Tivemos de corrigir o preço com mais 200 mil euros. Tem sido muito difícil adjudicar as obras, porque não há empreiteiros e os concursos ou são adjudicados por valores exorbitantes ou ficam desertos”, lamentou.