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Tondela assinala centenário da morte de Cândido de Figueiredo

O programa pretende homenagear o legado do lexicógrafo, escritor e pensador, cuja obra continua a ter impacto na reflexão sobre a língua portuguesa

 Tondela assinala centenário da morte de Cândido de Figueiredo
22.09.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Tondela assinala centenário da morte de Cândido de Figueiredo
22.09.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Tondela assinala centenário da morte de Cândido de Figueiredo

A Câmara Municipal de Tondela, em parceria com a Organização Internacional Nova Acrópole e as Virtudes Outonais, vai assinalar no próximo dia 27 de setembro o Primeiro Centenário da Morte de Cândido de Figueiredo, uma das figuras maiores da língua e da cultura portuguesas e que dá o nome ao hospital local.

O programa, que decorrerá no Auditório Municipal e na Biblioteca Tomaz Ribeiro, pretende homenagear o legado do lexicógrafo, escritor e pensador, cuja obra continua a ter impacto na reflexão sobre a língua portuguesa e na valorização da memória cultural e identitária nacional.

Programa

No Auditório Municipal, as atividades iniciam-se às 14h00, com a sessão de abertura. Segue-se, às 14h30, a conferência “Logos – Linguagem – Linguística”, por José Antunes (Nova Acrópole – Porto; Instituto Internacional Hermes de Ciências Antropológicas – Paris).

Às 15h00, Frederico Duque dos Santos (Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P.) abordará “Cândido de Figueiredo e a Missão do Camões”. Após uma breve pausa, às 15h45, Carla Marques (CELGA – ILTEC / Universidade de Coimbra) e Carlos Rocha (Portal Ciberdúvidas da Língua Portuguesa) apresentarão “O Prescritivismo de Cândido de Figueiredo e o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa”.

Às 16h15, Marta Pacheco Pinto (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) falará sobre “Caturriçes e Arrelias Orientalistas: Cândido de Figueiredo vs. Vasconcelos Abreu”. O encerramento das conferências está previsto para as 16h45, seguindo-se, às 17h00, uma leitura encenada de poemas de Cândido de Figueiredo, interpretada por José Rui Martins (Trigo Limpo – Teatro ACERT).

Na Biblioteca Municipal, às 17h30, será inaugurada a exposição “Cândido de Figueiredo: 100 Anos”. O dia termina às 18h00 com a apresentação da nova edição da obra “Contos e Narrativas”, a cargo de Joana Simões, da editora Virtudes Outonais, encerrando com um convívio/lanche às 19h00.

António Pereira Cândido de Figueiredo nasceu em Lobão da Beira, a 19 de Setembro de 1846 e morreu em  Lisboa26 de Setembro de 1925.

Frequentou o Seminário de Viseu, onde concluiu o curso de Teologia em 1867, sendo ordenado presbítero. Contudo, cedo trocou o destino eclesiástico, obtendo dispensa do papa Leão XIII, para seguir um novo rumo: o Direito, curso que frequentou na Universidade de Coimbra entre 1869 e 1874. Foi nesse ambiente académico que participou na célebre Questão Coimbrã, um marco da vida cultural da época.

Após casar com Mariana Angélica de Andrade, instalou-se em Lisboa em 1876, onde abriu escritório de advocacia em parceria com Júlio de Vilhena. Exerceu também cargos ligados à instrução pública, como o de inspetor das escolas do distrito de Coimbra, e ingressou na carreira de registos e notariado, passando por Pinhel, Fronteira e Alcácer do Sal, onde chegou a presidir à Câmara Municipal.

A sua carreira pública estendeu-se por décadas, sobretudo no Ministério da Justiça, onde desempenhou funções de destaque, chegando a subdiretor-geral e, por diversas vezes, diretor-geral interino. Foi ainda governador civil de Vila Real em 1893 e secretário particular de Bernardino Machado quando este era Ministro das Obras Públicas.

Paralelamente à vida profissional, destacou-se como poeta e jornalista, colaborando em numerosos periódicos e revistas, como O Panorama, Progresso, Voz Feminina, Diário Popular, Revista de Portugal e Brasil, Ocidente ou Atlântida. Fundou e dirigiu o jornal A Capital, redigiu no diário Globo e integrou durante largos anos a redação do Diário de Notícias, onde assinava as suas crónicas literárias com o pseudónimo Cedef. No jornal humorístico A Paródia, ficou conhecido como O Caturra.

No campo científico, ganhou notoriedade como lexicólogo e filólogo, integrando em 1911 a comissão que estabeleceu as bases da ortografia da língua portuguesa, ao lado de nomes como Carolina Michaëlis de Vasconcelos, Leite de Vasconcelos e Adolfo Coelho.

A sua reputação ultrapassou fronteiras: foi sócio do Instituto de Coimbra, da Academia Real das Ciências de Lisboa, da qual viria a ser presidente, da Academia Brasileira de Letras, da Real Academia Espanhola e da Sociedade Asiática de Paris. Participou no Congresso dos Orientalistas de Londres, foi vogal do Conselho Superior de Instrução Pública e sócio fundador da Sociedade de Geografia de Lisboa.

Distinguido em vida com múltiplos reconhecimentos, recebeu a Medalha de Honra do Congresso Jurídico do Rio de Janeiro, a Carta de Conselho em 1908 e condecorações internacionais, como a Ordem da Coroa de Itália.

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