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Um dispositivo que permite em tempo real identificar bactérias em humanos, animais ou no meio ambiente e saber qual é o antibiótico certo para as combaterfoi apresentado em Viseu, resultado do projeto Smart Gnostics, financiado pelas Agendas Mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que está a desenvolver tecnologias inovadoras neste área da saúde.
O projeto reúne um consórcio de 11 entidades, liderado pela ALS Life Sciences Portugal, sediada em Tondela, integrando centros do sistema científico nacional, laboratórios de referência na saúde humana e animal e empresas privadas responsáveis tanto pela produção como pela futura adoção dos dispositivos criados.
O objetivo central disponibilizar ferramentas capazes de detetar bactérias resistentes, identificar genes de resistência presentes em diferentes ambientes e monitorizar resíduos de antibióticos em alimentos, animais, águas e efluentes industriais. “A abordagem segue a perspetiva one health (uma só saúde), unindo setores distintos para enfrentar um problema global comum”, explicou Josué Carvalho, durante a apresentação.
Segundo o coordenador do projeto, entre as soluções em desenvolvimento destaca-se um dispositivo para diagnóstico rápido de infeções urinárias. “Atualmente, a prescrição de antibióticos nestes casos é muitas vezes feita de forma empírica, sem confirmação laboratorial imediata, o que pode agravar resistências. A tecnologia do Smart Gnostics promete mudar este cenário, já que em menos de meia hora, será possível identificar a bactéria responsável e os genes de resistência presentes, permitindo ao médico prescrever o antibiótico mais eficaz”, descreveu .
Hoje, análises laboratoriais convencionais podem demorar entre 24 e 72 horas para fornecer esses resultados. Com o novo dispositivo, o diagnóstico será realizado em pouco tempo, representando uma mudança significativa para a prática clínica.
O projeto encontra-se na fase final de desenvolvimento e deverá iniciar ensaios clínicos no primeiro semestre de 2026, em colaboração com uma entidade de saúde parceira. Após esta etapa, está previsto o lançamento de uma versão inicial, destinada a aplicações veterinárias e de investigação. Em paralelo, prosseguirá o processo de certificação, necessário para a entrada na área da saúde humana.
Na sessão de abertura esteve presente Pedro Dominguinhos, presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR que destacou a importância das agendas mobilizadoras e os seus resultados para “demonstrar à população, à sociedade, a forma como os fundos, neste caso do PRR, estão a ser aplicados e estão a impactar a vida das pessoas”.
Antes, João Cotta, diretor-geral executivo Food, ALS, falou da “capacidade de agregação de vários intervenientes” que a partir de um território com menos vantagens desenvolve-se com inovação para o futuro.