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O que acontece quando alguém nasce é o ponto de partida do espetáculo “Começar tudo outra vez”, em cena a 10 de outubro no Teatro Viriato, em Viseu. No espetáculo, a artista e colecionadora Raquel André e o ator e encenador Tonan Quito juntam-se para contar histórias de nascimentos que são, em simultâneo, “histórias de vida, de morte, de nacionalidades, de ancestralidade, de rituais, de políticas de natalidade, e histórias sentimentais que atravessam a utopia de uma nova vida”, refere a apresentação do espetáculo.
Raquel André e Tonan Quito partem da máxima “É preciso uma aldeia” para criar uma criança, convocando as suas histórias pessoais e as suas famílias reais — mães, pais, irmãos, irmãs, sobrinhos, filhos, enteadas, amizades próximas —, mas também as suas histórias do teatro com o intuito de refletirem sobre comunidade e redes de cuidado.
O que significa uma família, como se constrói um amor passo a passo ao longo da vida é o que os dois criadores vão apresentar ao público através das arquiteturas familiares criadas pelos seus nascimentos, convidando o público a sentar-se à mesa enquanto defendem que “educar uma criança é um ato político”, acrescenta o texto de apresentação da peça.
No espetáculo, os artistas ensaiam as suas famílias e as suas famílias ensaiam uma peça de teatro, reunindo performance, teatro e vídeo, em que “Começar Tudo Outra Vez” nasce daquela dupla de artistas com visões diferentes de fazer e pensar o teatro.
Raquel André e Tonan Quito reuniram-se devido a uma vontade partilhada de transformar a vida em cena e tomam o teatro “para ensaiar futuros possíveis, entre o pessoal e o político, a ficção e a experiência, a reflexão e o humor”.
“Começar tudo outra vez” é cocriado pelo ator e artista Bernardo de Almeida, tem texto do dramaturgo, poeta e artista André Tecedeiro, e resulta do trabalho de uma equipa de criação artística, que reúne José António Tenente (figurinos), Fernando Ribeiro (cenografia), Ágata Cigarra (música), Wilma Moutinho (desenho de luz) e o realizador Afonso Sousa (vídeo), entre outros.
O espetáculo é coproduzido pela Culturgest, pelo Cineteatro Louletano, Teatro Viriato, em Viseu, Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal, Teatro Aveirense e Teatro Cine Torres Vedras.