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Bernardo Pessanha, o único eleito do Chega na Câmara de Viseu, rejeitou hoje qualquer coligação com o PS (vencedor, com quatro mandatos, tantos quantos o PSD) e disse que não aprovará medidas socialistas para o concelho.
“Estes resultados acabam por nos colocar numa posição decisiva em futuras decisões da cidade de Viseu e que digam respeito aos viseenses e é uma responsabilidade que assumimos com seriedade e com determinação e compromisso de representar os viseenses que acreditaram em nós”, afirmou, à agência Lusa, Bernardo Pessanha.
O candidato eleito pelo Chega para o executivo da Câmara Municipal de Viseu – que vai ocupar o lugar de vereador da oposição – assumiu que também será “elemento diferenciador, já que existe este empate entre estas duas forças políticas”.
Este domingo, o PS chegou à vitória na Câmara de Viseu e conquistou quatro mandatos, com 24.095 votos (42,28%); o PSD também conseguiu quatro eleitos, com 23.296 (40,88%); e o Chega elegeu um com 4.859 (8,53%).
“Na realidade, temos uma posição de desempate. Aquilo que nos move são as políticas. Tal como a nível nacional, já fazemos isso no Parlamento, as medidas com as quais concordamos, votamos favoravelmente, independentemente de virem de um lado ou do outro. Se não concordamos e achamos que elas não são boas para os viseenses, rejeitamos”, sublinhou.
Questionado se, ainda assim, há a hipótese de haver algum tipo de coligação com um dos partidos – PS ou PSD -, Bernardo Pessanha disse que “não, de todo”, o que também já tinha referido durante a campanha eleitoral.
“O nosso compromisso é para com os viseenses, não é com outras forças partidárias”, realçou, apontando que as coligações são o que “esses partidos têm feito nos últimos 50 anos” em Portugal.
O futuro vereador da oposição avisou que o vencedor, João Azevedo (PS), “terá que trabalhar consoante o quadro de distribuição de forças políticas que tem neste momento”.
“Aquilo que posso garantir é que nós no Chega vamos avaliar política a política e, garantidamente, não vamos aprovar para o nosso concelho políticas socialistas”, acrescentou, mesmo que os quatro mandatos do PSD, ou um que seja, vote a favor.
Bernardo Pessanha relembrou as bandeiras que o Chega levantou para Viseu como a segurança, mais policiamento, iluminação pública, a fiscalização na habitação, maior emprego qualificado e a baixa de impostos.
“Vamos exigir também mais transparência na gestão autárquica. Queremos uma auditoria às contas da Câmara” Municipal de Viseu, adiantou.
Este domingo, o Chega elegeu um vereador para a Câmara Municipal de Viseu, três deputados na Assembleia Municipal (tinha um) e conquistou 10 mandatos nas assembleias de freguesia do concelho.
Apesar de reconhecer que este “não era o resultado esperado e ambicionado”, tendo em conta os mandatos eleitos e os resultados de 2021, que agora, em 2025, “triplicou o número de votos”, o resultado acaba por colocar o partido “numa posição decisiva”.
Já o vice-presidente da Distrital de Viseu do Chega, Rui Pereira, disse que o partido ou manteve ou cresceu nos 24 concelhos e conseguiu dois vereadores ao manter em Mangualde e eleger em Viseu.
“Nós crescemos. Obviamente queríamos crescer mais, queremos sempre, mas crescemos em todo o distrito. Elegemos muito mais pessoas, temos muito mais gente nas autarquias”, disse à agência Lusa o vice-presidente da distrital do Chega.
Rui Pereira analisava o resultado das eleições autárquicas de domingo, “ainda sem muitos pormenores, porque ainda falta saber, junto dos representantes do partido, o resultado em algumas freguesias” de concelhos do distrito de Viseu.
“Conseguimos manter o mandato de Mangualde, António Pais Silva, eleito em 2021, e manteve-se e elegemos em Viseu, Bernardo Pessanha, uma câmara onde entramos pela primeira vez e, agora também, a ser presidida pelo PS, como em Mangualde”, disse.
Ao passar de um para dois eleitos nas Câmaras, “textualmente, houve uma duplicação de mandatos”, mas “o que é verdade é que soube a pouco, apesar de ninguém poder dizer que o partido não cresceu, porque cresceu”.
E a provar isso, disse, estão concelhos como “Vouzela, em que foram eleitos dois deputados municipais”, assim “como em Oliveira de Frades e São Pedro do Sul, concelhos onde o Chega nem se quer ia à Assembleia” Municipal.
“Perder, não perdemos eleitos em nenhum concelho e crescemos em muitos, portanto, o resultado só pode ser positivo, porque houve muito crescimento”, sustentou.
Rui Pereira disse ainda que as autárquicas “não têm nada a ver com as legislativas” e, nesse sentido, defendeu que “não era expectável que os resultados fossem os mesmos”.
“Agora, temos de analisar bem os números, perceber onde é que falhámos e corrigir para melhorarmos”, acrescentou Rui Pereira.