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O enólogo Márcio Lopes apresenta o Azeite Proibido Olival Centenário, o seu primeiro azeite biológico, produzido a partir de oliveiras centenárias do Vale do Rio Torto, na Quinta do Malhô, em São João da Pesqueira. As árvores, plantadas em terraços pré-filoxéricos no coração do Douro, deram origem a um azeite virgem extra prensado a frio, que preserva toda a frescura e autenticidade do fruto.
Tal como nos vinhos, também aqui se mantém a filosofia de respeito pela terra e pela tradição, resultando num produto que reflete de forma genuína a identidade do Douro.
“Sou um apaixonado por azeite e a minha esposa, Cláudia Codesso, tirou um curso de olivicultura. Quando adquiri a Quinta do Malhô, no ano passado, entrámos logo a produzir a azeitona. Colhemos praticamente tudo à vara e seguimos o método de extração a frio, obtendo menor quantidade, mas uma qualidade muito superior. Este é um azeite virgem extra, com uma acidez baixíssima, muito saboroso e bastante aromático, que é algo que não se encontra muito nos azeites. É um azeite com muita complexidade”, explica o produtor.
O Azeite Proibido Olival Centenário resulta de cerca de sete hectares de oliveiras, cultivadas em regime de sequeiro, sem irrigação. Toda a colheita é feita manualmente, e as azeitonas são transportadas à mão pelos socalcos até ao trator, seguindo no mesmo dia para o lagar, onde é feita a prensagem. As variedades incluem Cobrançosa, Verdeal, Negrinha do Freixo e outras ainda por identificar.
O resultado é um azeite virgem extra de acidez máxima de 0,6%, de perfil aromático e sabor intenso. A primeira produção totalizou 7 mil quilos de azeitona, dando origem a mil garrafas de meio litro, que chegam ao mercado a um PVP de 17,50 euros. Já estão disponíveis na loja online do produtor e nos restantes locais habituais.
“É o primeiro azeite de muitos. Em 2025 haverá menor produção, mas acredito que a qualidade será igualmente excecional. As nossas oliveiras estão plantadas em patamares pré-filoxéricos, têm na sua maioria mais de 100 anos e cerca de metade ultrapassa os 200 anos”, acrescenta Márcio Lopes.
A Quinta do Malhô, adquirida em 2024, é o mais recente projeto do enólogo no Douro. Embora a propriedade date de 1929, as oliveiras são testemunhas de um passado muito mais antigo, guardando a memória viva da agricultura tradicional da região.
Paralelamente ao lançamento do primeiro azeite, a marca Márcio Lopes Winemaker foi novamente distinguida nos Luxury Lifestyle Awards, integrando o prestigiado ranking mundial das TOP 100 Premium Wine & Spirits Brands de 2025.
Os Luxury Lifestyle Awards reconhecem anualmente os produtores mais distintos e visionários do setor, avaliando a excelência artesanal, a sustentabilidade, a criatividade e o equilíbrio entre tradição e sofisticação.
“Este é o segundo ano, depois de 2023, em que integramos o Top 100, a par das melhores marcas de bebidas do mundo. É um reconhecimento internacional do nosso trabalho de recuperação e valorização das vinhas antigas e do património vitícola, algo que tem sido muito bem visto lá fora. É um prémio que reflete o compromisso e entrega de toda a nossa equipa. Ser uma de apenas duas marcas portuguesas no Top 100 mundial, a par dos Douro Boys, é um privilégio e uma honra”, sublinha Márcio Lopes.