A Câmara de São Pedro do Sul recebeu hoje da Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão (AMRPB) 150 contentores que deverão recolher 120 toneladas de biorresíduos por ano.
Segundo o presidente da Câmara Municipal de São Pedro do Sul, Pedro Mouro, os 150 contentores – 100 em uso doméstico e 50 distribuídos por cafés, restaurantes, hotéis e cantinas -, deverão recolher 120 toneladas de biorresíduos ao ano.
Num município que se intitula de biorregião, a chegada de 150 contentores para biorresíduos “é mais uma iniciativa, a par de muitas outras que confirmam o trabalho em prol da sustentabilidade ambiental” no concelho, sublinhou o autarca.
“Pretendemos incutir um espírito de recolha mais seletiva nos consumidores não domésticos, mas também num projeto piloto, em algumas famílias, para percebermos a adesão, e estou certo de que sim, e das vantagens”, acrescentou Pedro Mouro.
À agência Lusa, no final da apresentação dos contentores de biorresíduos, perante crianças do primeiro ciclo, o autarca realçou que este “é mais um passo com vista a um melhor ambiente e maior sustentabilidade” do concelho.
“São Pedro do Sul é já um exemplo na região no que toca à separação de lixo, na limpeza das ruas sem produtos químicos e outras iniciativas” em prol da “sustentabilidade ambiental. Não podemos dizer que somos biorregião e sermos só no papel, temos de colocar em prática e este é mais um passo no melhor exemplo nesse caminho que temos vindo a desenvolver”, justificou.
São Pedro do Sul, no distrito de Viseu, é um dos sete municípios, dos 19 que constituem a Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão (AMRPB) que tem também contentores de biorresíduos em casas particulares.
“Temos 100 contentores em famílias no bairro de Santo António, que é uma das áreas urbanas da vila e também pela facilidade com que chegamos às moradias para a recolha dos contentores, pareceu-nos o mais apropriado para iniciar o projeto”, argumentou Pedro Mouro.
O secretário executivo da AMRPB, José Portela, salientou que, desde outubro, aquando do início da distribuição dos “contentores castanhos” em Viseu, e que decorreu na Escola Secundária Emídio Navarro, já foram entregues “centenas deles” e até janeiro de 2026 o território deverá “estar todo abrangido”.
No total, a AMRPB estima realizar na região 227.448 recolhas, sendo 2.615 de utilizadores não-domésticos, em 838 estabelecimentos nos 19 concelhos, e 199 de utilizadores domésticos, em 930 habitações de sete municípios.
“Estimamos recolher cerca de três mil toneladas por ano na região que vai da serra do Caramulo à serra da Estrela. É um serviço interessante na gestão de resíduos, a economia circular no seu melhor, sempre com base na coesão territorial que se quer”, afirmou José Portela.
Para isso, a AMRPB tem “uma frota de cinco contentores para recolher os biorresíduos num serviço de porta a porta que vão fazer circuitos de segunda-feira a sábado” pelos cerca de 350 mil utilizadores em toda a região do Planalto Beirão.
“O objetivo a longo prazo é abranger a comunidade na separação de biorresíduos, até porque representam cerca de 40% dos resíduos urbanos produzidos”, defendeu.
A Associação do Planalto Beirão é constituída por 19 municípios: Aguiar da Beira, Gouveia e Seia, no distrito da Guarda, Oliveira do Hospital e Tábua (distrito de Coimbra), Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Mortágua, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Sátão, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela (distrito de Viseu).
