040521155005aebdb949fb46d26473a5f634e2c7c4492a06f7ac
GNR Guarda Nacional Republicana - Jornal do Centro
GNR Viseu - Apreensão 27
WhatsApp Image 2025-05-28 at 115107
aluguer aluga-se casas
aluga-se

À procura de vistas de cortar a respiração? Situado na EM326, em…

30.05.25

Quer fazer parte de uma equipa com mais de 20 anos de…

29.05.25

No quarto episódio do Entre Portas, um podcast da Remax Dinâmica em…

28.05.25
vitor figeuiredo
josé antonio santos lamego ps
manuel-marques
rustica padaria viseu
arca
vinho_queijo_pao
Home » Notícias » Colunistas » Viver com cancro e ter qualidade de vida é possível

Viver com cancro e ter qualidade de vida é possível

 Viver com cancro e ter qualidade de vida é possível - Jornal do Centro
04.02.22
partilhar

Sabemos que, anualmente, são diagnosticados cerca de 50 mil novos casos de cancro em Portugal.
A previsão da evolução da incidência de cancro em Portugal para o período de 2015 a 2035 é de 3% para o diagnóstico de novos casos por ano.
Perante esta realidade, é sempre importante abordar este tema, e reforçar a pertinência de assinalar o dia 4 de fevereiro, dedicado à luta contra o cancro.
O êxito dos tratamentos do cancro e cuidados de apoio, assim como aos avanços na deteção precoce, tem levado ao prolongamento da sobrevivência e ao aumento da taxa de cura desta doença. Estima-se que, em Portugal, cerca de 155 mil pessoas vivam com cancro diagnosticado, há mais de cinco anos, e, na Europa, é estimado ser superior a 12 milhões.
A Comissão Europeia, preocupada com estes dados, editou no ano passado, o Plano Europeu de Luta contra o Cancro, abordando todo o percurso da doença, da prevenção à qualidade de vida dos doentes e sobreviventes do cancro. Este plano assenta em quatro pilares: na prevenção, deteção precoce, diagnóstico e tratamento, e na melhoria da qualidade de vida dos doentes e sobreviventes, nomeadamente, no que respeita à readaptação, potencial recorrência de tumores, doenças metastáticas, medidas de apoio à integração social e à reintegração no local de trabalho.
Hoje foquemos no último pilar: a melhoria da qualidade de vida dos doentes e sobreviventes.
Com o avanço e melhoria na deteção e tratamento precoces do cancro, muitas pessoas ficam curadas. Contudo, depois de tratar o cancro, é importante manter um acompanhamento médico de proximidade e fazer avaliações gerais periódicas do estado de saúde.
Apesar de não se aplicar a todos os tipos de cancro, a maior parte apresenta um padrão de recidiva previsível (quando a doença aparece novamente), o que permite aos médicos, através dos exames, executar uma deteção rápida, caso esta ocorra.
Os tratamentos efetuados para debelar a doença, apesar da evolução tecnológica e científica nesta área, podem induzir efeitos secundários que, por vezes, se manifestam meses ou anos mais tarde.
Deste modo, devem ser procurados pelo médico mas também o doente, conhecendo-se bem, deve falar sobre qualquer alteração de vida ou sintoma que note, numa comunicação aberta acerca das suas preocupações e sobre o que sente.
Manter-se tão bem quanto possível, física e psicologicamente, é o objetivo central.
Viver com cancro é estar suficientemente bem para aproveitar os relacionamentos, as atividades e o tempo com a família e amigos, tirando partido das oportunidades que a vida lhe dá.
Nos doentes em que a doença tenha sido diagnosticada numa fase avançada ou metastizada, os tratamentos a oferecer devem ser bem avaliados e balanceados, para se obter um equilíbrio entre eficácia e qualidade de vida que se obtém. Nas situações em que a doença já não poderá ser controlada, a qualidade de vida assume um papel ainda mais importante.
As questões relacionadas com os sintomas físicos, a angústia e a gestão da doença pela família são extremamente importantes, nesta fase. Muitas vezes os doentes beneficiam do apoio de cuidados paliativos, ou de uma equipa que ajuda a coordenar os melhores cuidados, quer seja em casa, no hospital, ou numa unidade de cuidados paliativos.
O oncologista e a larga equipa multidisciplinar estão preparados para ajudar os doentes a estarem bem com a doença e com os problemas que por ela tenham surgido, melhorando a sua qualidade de vida.
Termino referenciando um sentimento que alguns doentes me transmitem: “O cancro ensinou-me a viver. Dou valor a pormenores da vida que antes me escapavam”.

 Viver com cancro e ter qualidade de vida é possível - Jornal do Centro

Jornal do Centro

pub
 Viver com cancro e ter qualidade de vida é possível - Jornal do Centro

Colunistas

Procurar