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A sensação do vazio

 A sensação do vazio - Jornal do Centro
13.07.23
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Venho acompanhando aquilo a que chamam CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Ninguém deve questionar a legitimidade, importância e utilidade destas comissões ou sequer os fatos que estão em análise. Nem questionar as opiniões sobre esses fatos, porque cada um tem o direito de as exprimir. O problema só começa quando a prática da democracia entra numa espécie de autoflagelação, quando a política se esgota e já não se procura esclarecer, mas condenar a qualquer preço e se quer sangue! Problema é quando o interesse e a vida do país desaparecem!

Isto lembra um fenómeno que ocorre entre jovens europeus, mais nuns países que noutros. Chamam-lhe escarificação, ou seja, ferem-se a si próprios e fazem cortes no próprio corpo. Esses jovens sentem um vazio profundo, isso alivia-os, mas aos poucos torna-se um vício. A degradação do significado de vida é tão grande que vão perdendo a capacidade de sentir. Cortam-se para sentir alguma coisa e como já não conseguem chorar, trocam as lágrimas pelo sangue.
O que é importante numa democracia representativa, com forças políticas democráticas de direita e esquerda? É que enquanto não conseguirem propor uma visão motivadora do futuro, com as consequentes respostas, não há uma realidade para discutir. Por isso, num mundo que por si já é instável e sem essa realidade, facilmente caímos num vazio perigoso, num mal-estar, desilusão e na banalização dos discursos. Então, tudo o que vemos e sentimos tem conotações negativas! A partir daqui o resultado já é do foro psicológico, porque num mundo ansioso, mentiroso e agressivo, como é hoje, as emoções-resposta tornam-se destrutivas. Será por isso que se perde a capacidade para lutar por mudanças efetivas tão urgentes quanto necessárias? O que propõe construtivamente os políticos para as mudanças no ensino, saúde, justiça, administração pública e no próprio sistema político? Porque se foge e desiste das reformas? Este é o problema!

Quer as pessoas, quer a democracia, entraram numa ideia do funciona/ não funciona. Como se a vida em sociedade e na política fossem o uso de uma máquina que quando não agrada deita-se fora ou substitui-se por outra! O foco já não está naqueles que fazem, esses correm sempre o risco de falhar. Agora as estrelas são os que julgam, porque esses não fazem, nem falham…

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