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Os compartes dos baldios de Moselos, no concelho de Viseu, vão votar este sábado (8 de fevereiro) se aceitam a instalação de um parque de baterias de armazenamento de energia em cerca de três dos 140 hectares de baldios, localizados na Serra do Crasto, na freguesia do Campo.
O parque ainda está em discussão, mas há populares que se têm mostrado apreensivos sobre as consequências desta instalação e pedem mais esclarecimentos.
A estrutura terá como função armazenar o excedente de corrente que vem das subestações de Orgens, Viso, Viseu e Gumiei. A energia é depois distribuída para a rede elétrica da região.
Depois da votação dos compartes, a instalação ainda terá que ser aprovada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Os baldios são uma cogestão dos compartes (60 por cento) e o Governo.
Além da votação, este sábado a Associação de Moselos recebe uma sessão de esclarecimento para os compartes sobre as condições do contrato da instalação do parque nos terrenos.
“Queremos que nos expliquem bem as condições e termos do contrato e de como tudo vai funcionar”, explicou ao Jornal do Centro o presidente dos Baldios de Moselos.
Segundo José Lima dos Santos, em causa estão questões como a forma de pagamento e o local onde o parque seria instalado.
“Se a instalação do parque for viável, queremos que seja o mais distante possível da povoação, perto da A24. Queremos também que nos expliquem as condições de pagamento, porque o contrato fala num pagamento conforme o armazenamento que fizerem, mas nós queremos um valor fixo, independentemente do armazenamento”, frisou.
O responsável explicou ainda que a instalação deste parque permitiria aos compartes terem algum rendimento, já que “o pinhal secou todo e a população vai ficar mais de 20 anos até ter rendimento”.
“Chegaram a fazer-nos uma proposta para painéis solares e nós não aceitamos porque iria retirar-nos muito espaço de mata. Temos 140 hectares e este parque de baterias seria para instalar em três hectares e, pelo menos assim, a população teria algum rendimento, que agora não tem”.
População apreensiva com parque
Ao Jornal do Centro, alguns populares afirmaram estar “apreensivos” com a instalação deste tipo de parques “que têm já sido motivo de reclamações em outros países”, como em Espanha, Alemanha ou Inglaterra.
Os populares pedem mais esclarecimentos sobre o tipo de projeto e que sejam “informados das consequências e possíveis danos que esta instalação pode causar na freguesia”.
José Lima dos Santos esclareceu que se a instalação for feita será longe da população e que a empresa garantiu que “vão ser feitas estruturas em betão para armazenar as baterias para evitar que se houver algum derrame o liquido saia daquele espaço”.
Contactado, o presidente da Junta de Freguesia do Campo explicou que “este é um assunto da responsabilidade dos baldios” e que não chegaram à junta de freguesia reclamações de populares.
“Também estarei na sessão de esclarecimento para perceber o projeto, mas esta não é uma decisão da Junta de Freguesia e isso compete a outras entidades”, esclareceu, lembrando ainda que “há parques do género espalhados pela região”.