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Aluno da Alves Martins fica nove horas sem falar, comer e beber como parte de uma performance artística

A performance “Corpo ao Cubo” faz parte do trabalho final do cruzamento de duas disciplinas de Lucas F. Oliveira. O aluno, que estará dentro de um cubo de metal, será acompanhado por um fisiologista e uma nutricionista

Diogo Paredes | diogo.paredes@jornaldocentro.pt
 Aluno da Alves Martins fica nove horas sem falar, comer e beber como parte de uma performance artística - Jornal do Centro
01.06.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Aluno da Alves Martins fica nove horas sem falar, comer e beber como parte de uma performance artística - Jornal do Centro
01.06.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Aluno da Alves Martins fica nove horas sem falar, comer e beber como parte de uma performance artística - Jornal do Centro

Esboço digital da instalação

Lucas F. Oliveira, aluno da Escola Secundária Alves Martins, de Viseu, vai apresentar segunda-feira uma instalação intitulada “Corpo ao Cubo”, durante a qual vai ficar nove horas ininterruptas sem falar, comer e beber.

O autor da instalação, aluno do 12.º ano do Curso de Artes Visuais, “queria trabalhar a relação, a continuidade entre corpo e espaço”, explicou ao Jornal do Centro. “Portanto, criar uma instalação escultórica, algo físico, mas que servisse como continuidade do corpo e que existisse apenas em relação e em função do corpo e o mesmo ao contrário. O corpo existe em função da estrutura”, contou ainda.

A instalação tem a forma de um cubo de ferro com três metros e estará exposta na entrada da Escola Secundária Alves Martins das 8h00 às 17h00. A escolha do ferro para a instalação tem que ver com o passado do artista, um vez que o avô, um serralheiro de profissão, foi quem ajudou Lucas a contruir o cubo de ferro.  “Em relação ao ferro, porque além de ser um material que me interessa, está ligado com a prática familiar”, contou.

“Poderia ter essa possibilidade de oferta por parte do professor e por parte da escola para o trabalho de ferro ser feito cá, mas não, foi feito, de facto, com o meu avô. Os dois juntos. E também me interessa este lado da passagem de conhecimentos, a relação entre a arte contemporânea e os ofícios tradicionais, portanto, técnicas tradicionais de trabalhar ferro”, afirmou ainda.

Já em relação à escolha da entrada da escola secundária, Lucas Oliveira quis “trabalhar este espaço, esta entrada da escola, do liceu, que é um átrio muito grande, retangular, que recebe na entrada, que achei que se relacionava bem com o ambiente que rodeava e, por outro lado, pelo seu lado minimalista e simplista”.

Embora a performance de dia 2 de junho tenha que ver com “uma existência intemporal e quase num vácuo”, o arista assumiu que os colegas da escola podem tomar as suas próprias ilações, especialmente no que diz respeito à saída do mundo virtual e à sua contemplação fora dos ecrãs. “Ao propor essa existência num vácuo, desconectada das realidades humanas ou sociais, acabo por trabalhar essa questão de uma desconexão. Agora, de forma intencional, não foi uma desconexão da tecnologia, mas é uma desconexão de tudo o que existe para além de nós mesmos”, detalhou Lucas F. Oliveira.

Enquanto finalista do curso de Artes Visuais na Escola Secundária Alves Martins, Lucas considerou que “não é possível pensarmos em ensino artístico, pensarmos no curso de artes, sem haver um contacto direto e contínuo com criação, com processos de criação, com criadores”. O artista assumiu o dever em “tirar das salas de aulas o ensino, porque não é possível pensarmos em ensino artístico para o que supostamente serão artistas em potência, sem haver a parte de facto de criação e todo o processo conceptual e de pensamento que está por trás disso”.

Depois do seu percurso académico em Viseu, Lucas F. Oliveira pretende entrar na academia de Belas Artes de Lisboa, que descreveu como “um espaço interessante, com um ambiente interessante e pessoas estimulantes”.

“Não foi por causa do curso, portanto, à partida será arte multimédia porque é a área que me interessa agora, mas o pensamento artístico, quando penso em fazer arte acho que devemos pensar em arte de uma maneira mais transdisciplinar e multidisciplinar em que a pintura, a escultura, a instalação, a multimédia, o áudio são tudo ferramentas que podem ser usadas e subvertidas para um fim, para um objeto artístico que não é apenas a junção de todas estas práticas artísticas, mas é um objeto que intrinsecamente é algo maior do que qualquer uma destas práticas artísticas”, contou. “Portanto, neste momento irei para o curso que acho que será mais interessante, mas sei que explorarei outras áreas que tenho esta constante vontade de aprender coisas novas, de explorar novos caminhos, de me abrir a novas experiências”, disse ainda o artista em formação.

A performance “Corpo ao Cubo” faz parte do trabalho final do cruzamento de duas disciplinas: Oficina de Artes e de Oficina Multimédia. Além disso, esta apresentação serve como gesto de despedida por parte do aluno em relação ao ensino secundário. Durante as nove horas da performance, o aluno será acompanhado por um médico fisiologista e uma nutricionista.

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