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O Bloco de Esquerda de Viseu, que está com candidatura à Assembleia Municipal e algumas freguesias do concelho, reuniu-se com diversas associações e agentes culturais do concelho para ouvir preocupações, identificar dificuldades e recolher propostas para o que espera que seja “uma política cultural mais justa, inclusiva e participada”.
Segundo os membros e candidatos presentes, do encontro resultou um retrato crítico da política cultural municipal, marcado pela “escassez de financiamento, pela forte dependência das decisões da Câmara e pelo desajuste entre os investimentos em grandes infraestruturas e as reais necessidades da criação artística e da comunidade”.
Segundo o BE, entre os principais problemas destacados esteve a dificuldade das escolas em garantir acesso à cultura. “Muitos alunos ficam impedidos de assistir a espetáculos por falta de transportes e a presença de artistas residentes é desigual, deixando grande parte das escolas públicas sem esta oportunidade. A falta de apoios financeiros obriga ainda muitos agentes culturais a trabalharem de forma voluntária”, explica, em comunicado, esta força partidária.
Viseu foi igualmente apontado como um dos concelhos do distrito que menos contribui para o Plano Nacional das Artes, revelando, segundo os participantes, um desinteresse municipal pelo ensino artístico.
A programação cultural foi outro dos pontos levantados. “O atual modelo de apoios é visto como gerador de dependência e competição entre os agentes, com prazos excessivos, critérios pouco transparentes e orçamentos insuficientes”. A ausência de apoio à circulação de projetos e a falta de espaços de ensaio e criação artística foram igualmente sublinhadas. Nesse sentido, defendeu-se o reaproveitamento de imóveis devolutos, tanto no centro urbano como nas freguesias, e a criação de uma agenda cultural municipal aberta à contribuição de todos.
Relativamente à rede de museus, foi apontada a escassa autonomia das equipas e a excessiva orientação para o turismo em detrimento da população local. Também o Centro de Artes e Espetáculos de Viseu que é a obra de Fernando Ruas, presidente da Câmara e candidato do PSD, e o Multiusos (que o candidato do PS, João Azevedo, quer transformar numa sala de espetáculos) foram alvo de críticas.
Para o BE, “o primeiro é considerado um projeto megalómano e sem objetivos claros, enquanto o segundo foi identificado como espaço prioritário para acolher grandes eventos”.
Foi igualmente destacada a necessidade de maior transparência na governação cultural, com a nomeação de diretores artísticos independentes, a criação de um gabinete de apoio especializado para agentes culturais e a definição de critérios de atribuição de apoios mais claros e justos.
“A cultura não pode ser reduzida a marketing ou a instrumento turístico”, defende o BE.