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O candidato da CDU (PCP-PEV) à Câmara de Sernancelhe disse hoje à agência Lusa que quer eleger pelo menos um lugar como oposição, para que possa defender o ambiente e economia do concelho.
“Sernancelhe não tem vereadores na oposição e como tal não há vozes diferentes para alertar para problemas diferentes, mas também soluções e alternativas diferentes. E é com este foco que a CDU se candidata, criar oposição”, afirmou Ricardo Brites.
À agência Lusa, o candidato da CDU reconheceu que “é uma utopia concorrer para vencer”, numa Câmara “totalmente nas mãos” do Partido Social Democrata (PSD).
Mas, “apesar de concorrer numa perspetiva diferente, é para contribuir para o debate e discussão de ideias”.
Ricardo Brites acrescentou que o Partido Comunista Português (PSP), assim como o Partido Ecologista os Verdes (PEV), “tem uma presença contínua no território, na defesa das populações, mas teria muito mais força se integrasse o executivo”.
“Não nos podemos iludir, não venceremos, mas assumiremos todas as responsabilidades que nos derem e só estando no espaço das decisões é que se pode lutar com mais força pelos interesses da comunidade”, realçou.
Com o foco na última realidade, os incêndios, que afetaram o Município de Sernancelhe, Ricardo Brites lembrou que “grande parte do tecido económico reside na agricultura” e, por isso, “há um trabalho muito grande a fazer” neste setor.
“Agora, com o Estado, temos de resolver e recuperar, mas o nosso trabalho terá de passar muito pela prevenção, porque as causas não são novas e entre elas está o abandono destes territórios com infraestruturas públicas a desaparecerem”, indicou.
Para Ricardo Brites, os projetos a desenvolver “passam por fixar as pessoas no território, para que também o possam defender, e para isso é preciso assegurar serviços e emprego”.
“As nossas lutas passam também pela melhoria dos serviços públicos, nomeadamente na defesa do emprego e dos trabalhadores e de quem trabalha no concelho”, defendeu.
Entre as “questões essenciais” a melhorar no concelho de Sernancelhe, acrescentou, estão também “os transportes, fundamentais para as populações se fixarem no território, e a respetiva mobilidade entre as freguesias”.
O candidato realçou ainda que “há outras preocupações” que a coligação quer “defender no local próprio”, como é a Câmara Municipal, e que passam pela “saúde, a educação e a habitação”.
Ricardo Brites, com 33 anos, é licenciado em engenharia eletrotécnica e integra movimentos associativos. Natural de Lisboa, é no distrito de Viseu “há alguns anos” que reside e trabalha.
A concorrer à Câmara de Sernancelhe, no distrito de Viseu, além de Ricardo Brites, está também o atual presidente Carlos Santos (PSD), Ivo Pereira (PS) e Beatriz Matos (Chega).
Em 2021, o PSD fez o pleno no executivo municipal ao eleger os cinco lugares com 81,89% do eleitorado (3.228 votos). O PS foi o segundo mais votado, ao conquistar 9,36% dos votantes (369 votos).
Sernancelhe tem neste último mandato um único elemento na oposição, um deputado da assembleia municipal, eleito pelo PS, num concelho que, em 2021, tinha 5.266 pessoas inscritas nos cadernos eleitorais.