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Bandas filarmónicas e ranchos atuam em projeto que junta Mangualde e Nelas

 Bandas filarmónicas e ranchos atuam em projeto que junta Mangualde e Nelas
28.03.22
fotografia: Jornal do Centro
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 Bandas filarmónicas e ranchos atuam em projeto que junta Mangualde e Nelas
15.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Bandas filarmónicas e ranchos atuam em projeto que junta Mangualde e Nelas

Mangualde e Nelas vão receber, em abril, o projeto “AltaMente” que tem como mote a música, juntando associações culturais da região do Alto Mondego.

Ao todo, a iniciativa junta mais de 50 elementos das comunidades de Mangualde, Nelas, Gouveia e Fornos de Algodres num projeto coordenado pelos músicos Bitocas e Artur Fernandes.

“A partir da identidade e tradições destes concelhos, as coletividades vão ser desafiadas a cooperar e a explorar novos caminhos artísticos. O resultado vão ser 8 espetáculos imperdíveis”, referem os organizadores em comunicado.

Mangualde recebe o espetáculo neste domingo (3 de abril), no Largo Dr. Couto, pelas 21h00. Já Nelas acolhe a última apresentação no Paço dos Cunhas, em Santar, às 21h30.

O primeiro espetáculo acontece sábado (dia 2), em Fornos de Algodres, às 21h30, no Anfiteatro do Olival da Vinha. No dia 10, em Gouveia, às 21h00, o espetáculo sobe à Praça do Tribunal.

Organizadores prometem histórias contadas pelo som
Bitocas Fernandes fala de uma “uma história contada pelo som”, onde não vai faltar “surpresa, criatividade, ludicidade, casualidade, espontaneidade e estímulos sonoros” e em que a música chega “de forma não convencional” e desafia a “interatividade entre diferentes músicos e público”. O objetivo é “dar a conhecer o melhor do Alto Mondego”.

Os espetáculos vão ocorrer em espaços inusitados, que representam o imaginário e, simbolicamente, “o confronto e a interação das culturas e suas fronteiras nas diversas fases da relação com o desconhecido: a estranheza, o confronto, a curiosidade, a fusão, a partilha e a miscigenação de saberes”, explica Artur Fernandes.

O processo criativo começou com a recolha de material artístico no território. “O recurso à tradição envolve repertórios, instrumentos e práticas musicais, objetos do quotidiano com aptidões sonoras, lengalengas e trava línguas e outras práticas orais de comunicação”, explica Artur Fernandes, que acrescenta que o processo criativo passou, “a partir de novos contextos criativos”, por “abordar estes conteúdos da tradição e, simultaneamente, propor novas formas de lidar com as ideias musicais, sem preconceitos”.

Os dois dinamizadores estão agora a preparar as associações culturais que irão participar nas atuações, incluindo bandas filarmónicas, coros e ranchos folclóricos. “Os participantes foram revelando espírito de curiosidade e disponibilidade para a experimentação mesmo para os conceitos mais fora da caixa ou menos convencionais. Mostraram ter espírito de cooperação e entusiasmo, o que contribuiu para excelentes momentos de descoberta e diversão”, explica Bitocas Fernandes, que faz um balanço muito positivo das oficinas.

“Este tipo de iniciativas contribui para a coesão do território, essencialmente no que toca ao património imaterial. São facilitadoras para a interação entre as diversas instituições e territórios. Achamos que esta iniciativa tem potencial para contribuir para o surgimento ou reforço de novos movimentos artísticos na região”, finaliza.

A iniciativa decorre no âmbito do projeto “Alto Mondego Rede Cultural”, que junta os concelhos de Nelas, Mangualde, Fornos de Algodres e Gouveia.

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