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O Bloco de Esquerda reuniu esta sexta-feira com a Comissão de Trabalhadores da Stellantis – Centro de Mangualde, antiga PSA Peugeot/Citroën, para ouvir diretamente as reivindicações dos trabalhadores e apresentar as propostas que o partido leva agora a votos no âmbito das próximas eleições.
Com cerca de 850 trabalhadores e uma média de idades próxima dos 50 anos, a fábrica de Mangualde, segundo os bloquistas, continua a registar níveis elevados de produtividade e lucro. “No entanto, aproximadamente 500 destes profissionais, alguns com mais de duas décadas de casa, continuam a auferir apenas o salário mínimo nacional”. Apesar dos avanços tecnológicos e da modernização da maquinaria, os trabalhadores denunciam o aumento do ritmo de trabalho, com menos pessoas a realizarem mais tarefas e em menos tempo.
A unidade opera atualmente em três turnos, sendo o funcionamento do turno da noite assegurado, em grande parte, por cerca de 300 trabalhadores de 14 nacionalidades diferentes. Ao todo, a produção diária ronda os 376 veículos, maioritariamente comerciais, destinados à exportação.
Durante o encontro, foram ainda recordadas as lutas laborais dos últimos anos, nomeadamente a greve massiva de 2008, anterior à entrada em vigor do atual Código do Trabalho. “Apesar dos apoios recebidos por parte da União Europeia e do Estado, a empresa mantém desde então uma controversa bolsa de horas, considerada lesiva pelos representantes dos trabalhadores”, refere o BE.
O Bloco de Esquerda defende um conjunto de medidas para responder a esta realidade: o reconhecimento do desgaste físico e psicológico provocado pelo trabalho por turnos, com a antecipação da idade da reforma, a salvaguarda dos fins-de-semana e pausas entre turnos, e ainda o acréscimo de, pelo menos, 30% no salário destes trabalhadores. Medidas que visam melhorar a qualidade de vida de cerca de um milhão de pessoas que laboram em regime de turnos em Portugal.