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A Infraestruturas de Portugal (IP) vai passar para a Câmara de Viseu um troço de 9,9 quilómetros do antigo Itinerário Principal (IP) 5, mediante um “envelope financeiro” de 1,8 milhões de euros, anunciou o presidente da autarquia.
“Hoje foi aprovada a municipalização desse troço, [um processo] que estava parado há anos e que vai permitir que o município de Viseu faça a sua gestão”, disse João Azevedo (PS) aos jornalistas, no final da reunião do executivo camarário.
O autarca socialista, que nas últimas eleições derrotou Fernando Ruas (PSD), garantiu que o novo executivo está “a resolver com grande sentido de Estado e responsabilidade problemas que não podem arrastar-se mais” e que permaneciam meses e anos devido à “incapacidade política” e à “falta de responsabilidade política”.
Com a municipalização do troço de 9,9 quilómetros, a Câmara poderá “fazer uma intervenção direta no troço, como, por exemplo, a questão do nó de Boa Aldeia, que é decisivo para a abertura daquela zona do concelho a vias de comunicação fortes, estruturantes e que possam criar economia e riqueza para o território”, explicou.
“É um projeto que está lá para trás, que nunca foi feito, que nunca foi cumprido, que não houve decisão”, lamentou.
João Azevedo disse que, para já, o executivo irá tratar da manutenção da via e “apontar ideias para intervenção no IP5”, como é o caso do nó de Boa Aldeia. “É uma ambição a médio e longo prazo”, frisou.
No entanto, segundo o vereador do PSD João Paulo Gouveia, a obra do nó de Boa Aldeia pode ser feita a curto prazo, porque já existe um projeto, apenas sendo precisa “vontade política”.
“Os valores [para o acordo entre a autarquia e a IP] foram revistos, o IP5 foi requalificado e agora é entregue à Câmara, o que permite, desde já, executar um projeto feito no mandato anterior do nó de ligação a Boa Aldeia”, explicou João Paulo Gouveia, que era vice-presidente de Fernando Ruas.
Na sua opinião, “sendo agora [o troço do IP5] da esfera municipal, pode ser feito, o projeto está pronto e o município tem obrigação de o fazer”.
De acordo com o vereador social-democrata, só a falta da mutação dominial, ou seja, da passagem do IP5 para o domínio municipal, é que impedia a concretização do nó, que “é importantíssimo para o desenvolvimento de toda a parte sul/poente do município”.
Nos mandatos de Fernando Ruas, a autarquia andou em negociações com vista à municipalização daquele troço do antigo IP5, desde a Penoita (no limite do concelho de Viseu) até ao nó da autoestrada A24, mas tal não foi possível devido aos valores propostos pela IP.