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Home » Notícias » Cultura » Cine Clube de Viseu assinala 70 anos e anuncia novo ciclo de cinema para 2026

Cine Clube de Viseu assinala 70 anos e anuncia novo ciclo de cinema para 2026

É um dos mais antigos cine clubes em actividade em Portugal, fundado em 1955

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15.12.25
fotografia: Jornal do Centro
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15.12.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Cine Clube de Viseu assinala 70 anos e anuncia novo ciclo de cinema para 2026

O Cine Clube de Viseu celebra esta terça-feira 70 anos de atividade, precisamente no dia em que, em 1955, realizou a sua primeira projeção pública, assinalando sete décadas de compromisso contínuo com a divulgação e a reflexão em torno do cinema. Só nos últimos dois anos, o Cine Clube registou cerca de 18 mil participantes, promoveu 150 sessões e organizou 16 ciclos de cinema, números que sublinham a relevância cultural da instituição na cidade e na região, anunciou a instituição.

Para o início do ano está já programado um novo ciclo de cinema que contará com a exibição de Nouvelle Vague, de Richard Linklater (França/EUA, 2025, 106’). O mais recente filme do realizador norte-americano assume-se como uma celebração vibrante do Cinema, colocando três atores a interpretar Jean-Luc Godard, Jean Seberg e Jean-Paul Belmondo. Com humor e rigor, Nouvelle Vague recria o ambiente efervescente da rodagem de O Acossado (À Bout de Souffle, 1960), obra fundadora da Nouvelle Vague e marco decisivo na história do cinema moderno.

O ciclo inclui ainda Sorry, Baby, de Eva Victor (EUA/França, 2025, 104’), que acompanha Agnes, uma jovem professora universitária marcada por um acontecimento traumático ocorrido três anos antes. Entre silêncios, gestos quotidianos e a relação próxima com a melhor amiga, Lydie, o filme retrata um processo íntimo de reconstrução e tentativa de recuperação do controlo sobre a própria vida.

Outro dos títulos programados é Bull’s Heart, de Eva Stefani (Grécia, 2025, 79’), documentário que acompanha os bastidores do espetáculo Transverse Orientation, do coreógrafo grego Dimitris Papaioannou. Ao longo de dois anos — incluindo o período da pandemia — a realizadora regista os ensaios, as digressões por mais de vinte países e os desafios enfrentados pela equipa, afirmando a arte como um ato de resistência perante a natureza efémera da vida.

A sessão integra o Ciclo de Filmes Pedidos, com filme escolhido pelo sócio José Arimateia. Completa o programa As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, de Rainer Werner Fassbinder (RFA, 1972, 124’), obra-prima do melodrama moderno que influenciou cineastas como Pedro Almodóvar, François Ozon e Todd Haynes. O filme explora, com grande intensidade dramática, as dinâmicas de poder, dependência e submissão numa relação amorosa, acompanhando Petra von Kant, estilista recém-divorciada, e a sua paixão obsessiva por Karine, uma jovem de origem humilde que promete transformar numa estrela da moda.

E até 17 de janeiro, pode ainda ser vista a exposição na Casa da Ribeira que mostra parte do espólio documental do CCV e de outras entidades e que faz um percurso pela história, protagonistas e percalços do Cine Clube de Viseu. A exposição procura evocar o trajecto iniciado em 1955 e o seu contributo fundamental, tanto no modo de entender a actividade cultural como na valorização e promoção da cultura cinematográfica e das diversas práticas — pedagógicas, artísticas, socioculturais — a ela associadas.

Fundado em 1955 por um grupo de cinéfilos viseenses, o Cine Clube de Viseu afirmou-se desde cedo como um importante agente de intervenção cultural, numa época marcada por fortes limitações à atividade cultural em Portugal. Desde as primeiras sessões, realizadas no Cine Rossio e no Clube de Viseu, o cinema foi sempre acompanhado por textos de apoio e palestras, reforçando a sua dimensão formativa.

Ao longo da sua história, o CCV desenvolveu um vasto conjunto de iniciativas dedicadas à divulgação e ao estudo do cinema enquanto arte, promovendo também ações nas áreas da formação, exposições, concursos e outras expressões culturais, como o teatro, as artes plásticas, a música e, com particular destaque, a fotografia. Em vários períodos de menor dinamismo cultural na cidade, o Cine Clube de Viseu assumiu-se como um polo central de animação cultural.

Em 1985, passou a concentrar a sua atividade na sede do Largo da Misericórdia, instalando a biblioteca e o arquivo, e realizando sessões em diversos espaços culturais da cidade. Em 1997, fixou-se no Instituto Português da Juventude, ano em que lhe foi reconhecido o estatuto de Utilidade Pública, pelo mérito cultural desenvolvido.

A partir de 1999, lançou o projeto Cinema para as Escolas, dedicado à formação de novos públicos, e entre 2004 e 2006 participou no projeto COMUM – Rede Cultural, uma experiência pioneira de programação cultural supramunicipal. Hoje, com sede na Rua Escura, no Centro Histórico de Viseu, o Cine Clube de Viseu mantém-se como uma instituição ativa e empenhada na preservação da memória cinéfila e na divulgação do cinema como arte e elemento fundamental de uma cultura integrada. Das várias iniciativas destaque para a realização do concurso Vista Curta e o Cinema na Cidade.

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