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Home » Notícias » Concelho » Oliveira de Frades » Em Lafões, a barriga enche-se com o frango do campo e com a vitela

Em Lafões, a barriga enche-se com o frango do campo e com a vitela

Falar de Oliveira de Frades é falar do frango que de lá sai para ser consumido por todo o país. Este ano, a feira dedicada a este produto realiza-se entre 16 e 20 de julho. Mas a zona de Lafões tem ainda outros “ingredientes” e a vitela é um deles

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Há mais de quarenta anos que Oliveira de Frades é uma das localizações pioneiras na produção de Frango do Campo. Falar de Oliveira de Frades é falar do frango que de lá sai para ser consumido por todo o país. Atualmente, cerca de 70% da produção nacional de frango do campo vem deste concelho, o que o torna um dos pilares fundamentais da economia local.

A Confraria do Frango do Campo, fundada em 2012, tem um papel fundamental na promoção e defesa deste produto de excelência. Bruno Rodrigues, tornou-se membro da confraria em 2022. A sua paixão e dedicação à divulgação deste produto, tornaram-no presidente da confraria num processo rápido, mas que serviu de recompensa pelo interesse que demonstrava.

Com cerca de cem confrades, incluindo dois “franguitos” (jovens que garantem a continuidade da tradição), a confraria organiza eventos, showcookings e participa em festivais por todo o país e até no estrangeiro. “O objetivo é levar o título de Capital do Frango do Campo além fronteiras. Mostrar que o nosso frango é mesmo especial”, explica Bruno Rodrigues.

O segredo do Frango do Campo está no seu processo de criação. “É um produto diferenciador pela qualidade da carne e pelo sabor único”, afirma o confrade. Em Oliveira de Frades, o frango é criado ao ar livre, alimentado com cereais e vegetação do campo. Não há grandes pressas para que saia do seu local para o mercado. O processo deve ser lento e natural para que garante a sua excelência.

Uma celebração gastronómica

Um dos eventos mais emblemáticos do concelho é o Festival do Frango do Campo, que atrai visitantes de todo o país, não só para provarem este produto de eleição, mas para conhecerem o melhor que a terra tem para oferecer.

Durante o festival, a restauração presente no certame prepara pratos especiais, onde o frango do campo é o rei, destacando a sua qualidade, versatilidade e sabor. “Queremos que as pessoas pensem no Frango do Campo e lembrem-se de Oliveira de Frades e vice-versa”, diz o membro da confraria.

Cada vez mais, a preocupação com a saúde é algo que preocupa os portugueses e a confraria incentiva ao consumo do frango do campo pela sua produção mais natural. “Apesar de ser um produto mais caro, a qualidade justifica o preço”, destaca o confrade.

E este ano a festa do Frango do Campo realiza-se entre 16 e 20 de julho e, segundo a autarquia, vai ter mais de 60 expositores. A artista Áurea é uma das presenças já confirmadas.

A saborosa Vitela de Lafões

A Vitela de Lafões distingue-se entre outras carnes bovinas pelo método de criação, respeitando a tradições que perduram há séculos. Os vitelos, pertencentes às raças arouquesa, mirandesa ou aos seus cruzamentos, são abatidos até aos 7 meses, ainda na fase de desmame, o que lhes confere uma carne especialmente tenra, suculenta e saborosa.

Patrícia Ferreira, Grão-Mestre da Confraria dos Gastrónomos da Região de Lafões, destaca a importância da alimentação dos vitelos que é cuidadosamente controlada, baseada no leite materno e em forragens naturais da região. Esse processo contribui para a qualidade da carne, tornando-a um dos produtos mais requisitados nos restaurantes locais e que atrai tantos visitantes à mesa.

“Os vitelos são alimentados pelo leite materno até ao abate, podendo ainda beneficiar de uma alimentação suplementar constituída por fenos da região, pastos verdes da época e alimentos concentrados produzidos na própria exploração, fundamentalmente à base de farinha de milho”, conta a Grão-Mestre.

O prato com mais saída

Se a matéria-prima é excelente, a forma como a carne é preparada coloca-a noutro patamar. O prato tradicional mais emblemático de Vouzela, por exemplo, é a Vitela à Moda de Lafões, um verdadeiro clássico da gastronomia a nível regional e nacional.

A carne é assada lentamente em forno de lenha, onde os aromas se misturam com vários temperos simples, mas escolhidos a dedo. O resultado é uma carne dourada por fora, macia por dentro e com um sabor inconfundível. O prato é acompanhado por arroz de forno e batatas assadas, criando uma combinação perfeita que enaltece a riqueza dos ingredientes locais.

“Sem dúvida, a Vitela à Moda de Lafões é um prato típico e identitário de toda a Região de Lafões. Os animais são criados nas pastagens da região e o prato confecionado nos principais restaurantes”, destaca Patrícia Ferreira.

Os festivais gastronómicos em Vouzela são uma excelente oportunidade para degustar esta produto em toda a sua plenitude. O Festival Gastronómico da Vitela de Lafões e Produtos Regionais, que se realiza anualmente em Vouzela e S. Pedro do Sul, atrai centenas de visitantes de todo o país que procuram provar esta carne confecionada pelos melhores cozinheiros da região.

O papel da Confraria dos Gastrónomos da Região de Lafões

Fundada em 1996, a Confraria dos Gastrónomos da Região de Lafões tem desempenhado um papel essencial na preservação e promoção deste património gastronómico. Para além da valorização da Vitela de Lafões, a confraria tem apostado na divulgação de outros produtos regionais e na investigação das tradições culinárias da região. Outro dos objetivos da confraria é colocar a vitela de Lafões nas bocas do mundo, e associar este produto a Vouzela.

“A Confraria tem tido um papel fundamental na promoção e divulgação da Vitela à Moda de Lafões, assim como de outros produtos tão característicos desta região. Essa divulgação tem sido feita através de edições de livros, publicações de artigos, participação em eventos e realização anual da cerimónia capitular da Confraria”, conta a confrade.

A sustentabilidade da produção tem sido um dos maiores desafios da confraria, uma vez que a criação da Vitela de Lafões está concentrada em pequenas explorações familiares. Apesar disso, há um esforço contínuo para garantir que as futuras gerações mantenham viva e se interessem por esta tradição, de forma a não desaparecer.

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