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Até 6 de junho, nove farmácias do distrito de Viseu estão a participar numa campanha solidária que pretende ajudar famílias carenciadas a ter acesso a medicamentos. A 13.ª edição da iniciativa, “Dê Troco a Quem Precisa”, arrancou em maio em mais de 500 farmácias espalhadas por todo o país.
Nesta ação, quem quiser pode doar o troco das compras feitas na farmácia e esses donativos vão servir para ajudar famílias carenciadas a acederem aos medicamentos de que precisam.
No distrito, as farmácias aderentes à campanha são a Farmácia Augusta (concelho de Tarouca), Moderna (Castro Daire), Misericórdia (Castro Daire), Gastão Fonseca (Castro Daire), Grão Vasco (Viseu), Portugal (Viseu), Moderna (Carregal do Sal), Viso (Viseu) e Silva de Oliveira (Viseu).
Rede Solidária do Medicamento em 42 farmácias da região
A campanha é organizada no âmbito do programa abem: – Rede Solidária do Medicamento, da Associação Dignitude. No distrito de Viseu, 42 farmácias integram a rede que também conta com 637 beneficiários que podem aceder, sem custos, aos medicamentos prescritos pelos seus médicos. Desde o início do programa, em 2016, já foram dispensadas 54.172 embalagens de medicamentos apenas no distrito.
O projeto conta ainda com nove entidades referenciadoras na região: as câmaras de Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Mortágua, Oliveira de Frades, Penedono e Viseu, a Junta de Freguesia de Viseu e a Conferência de Nossa Senhora do Viso, também em Viseu.
A Dignitude refere que, segundo o Índice de Saúde Sustentável desenvolvido pela Nova Information Management School, um em cada 10 portugueses não consegue comprar os medicamentos de que precisa porque não tem dinheiro para os pagar.
A diretora-executiva da Associação Dignitude, Maria João Toscano, disse à agência Lusa que um em cada 10 portugueses não consegue pagar os medicamentos prescritos por falta de dinheiro. A responsável referiu que 64 por cento têm entre 18 e 64 anos.
A dirigente disse que, apesar de muitas vezes as pessoas acharem que os beneficiários são pessoas desempregadas, muitos trabalham e mesmo assim não conseguem fazer face às suas despesas. São famílias que têm rendimentos ‘per capita’ “inferiores a 365 euros”, referiu.
A diretora apontou que são “famílias muito vulneráveis e que têm de facto muita dificuldade em fazer face àquilo que é o seu dia a dia”.
Maria João Toscano convidou cada um dos portugueses a fazer o exercício de “viver com 365 euros por mês”, sublinhado que “há muitos concidadãos que têm de o fazer”.
A dirigente disse que o programa não tem contacto com as famílias que ajudam, mas tem uma rede colaborativa de parceiros, como as Instituições Particulares de Solidariedade Social, que indicam o impacto da campanha.
Maria João Toscano referiu histórias de pessoas que tinham de escolher entre pôr comida na mesa da família e comprar medicamentos.
Desde que foi criada, em 2016, a campanha ajudou mais de 40.000 pessoas, através da recolha de 35.000 a 40.000 euros em cada edição. A iniciativa distribuiu 2.790.707 embalagens de medicamentos de 2016 até 2024.
Qualquer família em situação de carência pode ser referenciada ao programa pelas entidades locais, como juntas de freguesia e câmaras municipais, instituições particulares de solidariedade social e outros organismos da área social, refere a nota.
Maria João Toscano referiu que é possível fazer donativos nas farmácias, mas também através do site do Programa abem: Rede Solidária do Medicamento. Os donativos podem ser feitos ainda por MB Way (932 440 068) ou por transferência bancária (PT50 0036 0000 9910 5914 8992 7).