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Autárquicas Novo presidente da Câmara de Viseu rejeita acordos para gerir concelho e aposta em diálogo
Delegado à mesa de voto consulta a lista de eleitores para a Câmara Municipal do Porto, 12 de outubro de 2025. Decorrem este domingo as eleições autárquicas em Portugal onde mais de 9,3 milhões de eleitores podem votar. Os eleitores vão escolher os órgãos dirigentes das 308 Câmaras Municipais, 308 Assembleias Municipais e 3.221 Assembleias de Freguesia, pelo que há três boletins de voto. MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA
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Feira de S. Mateus — duas inaugurações

 Feira de S. Mateus — duas inaugurações
06.08.22
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 Feira de S. Mateus — duas inaugurações

1. Depois de dois anos com a sombra da peste, a Feira de S. Mateus regressa este ano à normalidade e vai ter a sua mais longa edição de sempre: vão ser 49 dias, de 4 de Agosto a 21 de Setembro.
Devo confidenciar que, antes de começar a escrever este Olho de Gato, andei a passear no recinto na altura em que ela estava a ser inaugurada pelo Presidente da República mas, infelizmente, não vi a comitiva oficial com os seus fatos escuros e gravatas.
Nas redes sociais já há fotografias de povo com Marcelo Rebelo de Sousa nesta sua décima nona visita ao certame. Por enquanto, continuo a pertencer à minoria de portugueses que ainda não tem uma selfie com o PR. Pode ser que se resolva isso quando ele cá voltar de novo, como prometeu, mais para o fim deste querido mês de Agosto.

2. Quando faleceu Atílio dos Santos Nunes, ex-presidente da câmara de Carregal do Sal, prestei-lhe uma homenagem no blogue Olho de Gato. Nesse texto contei o que aconteceu na inauguração da Feira de S. Mateus de 2001, no longínquo e trabalhoso ano em que fui candidato à presidência da câmara de Viseu. Vou partilhá-lo agora aqui:
No virar do século, conheci Atílio Santos Nunes, então ele a presidente da câmara de Carregal do Sal, pelo PSD, e eu a vereador em Viseu, pelo PS, e mais uns fazeres na área do ensino recorrente que me faziam ir àquele concelho com alguma regularidade e encontrar-me com aquele competente e bem-humorado autarca.
Competente, sim: Atílio dos Santos Nunes conseguiu que o seco Cavaco Silva lhe fizesse uma auto-estrada entre Canas de Senhorim e Carregal, uma auto-estrada sem princípio, nem fim, nem portagem, só conveniências para quem lá passava. Foi o início do IC12 que, depois, muito depois, seria prolongado até ao IP3, em Santa Comba Dão, falta ainda o troço de Canas a Mangualde. Aquela rodovia devia adoptar oficialmente a sua designação oficiosa: “auto-estrada do Atílio”.
Bem-humorado, sim, e com uma extrema habilidade para derreter o coração dos decisores políticos e levar a água ao seu moinho. Para início de qualquer conversa, Atílio apresentava-se dizendo: «sou um pedreiro com a quarta classe feita à noite.» Tomaram muitos professores doutores chegar-lhe aos calcanhares.
Em 2001, na agonia do guterrismo, no PS nacional ferviam as traições e as facadas nas costas. No PS-Viseu, idem, idem, aspas, aspas. Nesse ano eu fui candidato socialista à câmara de Viseu e, entre Maio e Dezembro, levei a minha dose.
Uma delas foi no dia 14 de Agosto, dia na inauguração da Feira de S. Mateus, em que o corta-fita tocou a um ministro socialista que, no discurso inaugural, fez uma oratória a hiperbolizar as façanhas do dr. Ruas do princípio ao fim. O ministro rosa arrebicocorou-se todo em panegíricos ao edil social-democrata. Foi um convite do princípio ao fim ao voto laranja.
Eu, o esfaqueado, mantive-me impassível. Já sabia o que a casa gastava. Embora não tenha batido palmas no fim, era o que mais faltava.
Seguiram-se os “shake-hands” cerimoniais, a descida luzidia dos vips na notável e bela escadaria da câmara municipal, onde, no tecto, avultam os retratos fabulosos de vinte e quatro viseenses ilustres.
Ainda antes das duas escadas se fundirem numa, o presidente Atílio virou-se para mim e disse e toda a gente à volta ouviu: «com socialistas assim, estás fodido, Alex!»
Eu estava fodido. Sabia disso desde o momento em que aceitei aquela empreitada. Sorri-lhe. Quando nos despedimos, naquele dia, dei-lhe um abraço forte de gratidão.

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