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O festival Que Jazz É Este? estende-se agora pelo Outono, voltando a ocupar a cidade de Viseu com concertos e conversas. Depois da parte um que se realizou em Julho, esta programação é a prova de que o festival continua a pulsar como “um organismo vivo, feito de pessoas, vozes e da diversidade que o jazz sempre soube acolher”.
O Ciclo de Outono arranca no dia 27 de setembro no centro histórico de Viseu com dois concertos ainda a anunciar. A programação segue depois em itinerância para três freguesias do concelho: Várzea de Calde, a 25 de outubro, Ribafeita, a 8 de novembro, e Bodiosa a 22 de novembro. Em cada uma destas localidades, entre as 16h00 e as 19h00, será proporcionada uma tarde que combina diferentes linguagens artísticas e gerações. Esta programação integra concertos do CORO AZUL nas capelas locais e conversas à volta da apresentação de livros e trabalhos académicos relacionados com o jazz que incluem também showcases a solo relacionados com as mesmas.
A primeira conversa acontece a partir da apresentação do livro de Helder Bruno Martins, É Jazz Quando Me Chegam Lágrimas aos Olhos – José Duarte (1938-2023), uma adaptação da sua tese de doutoramento em etnomusicologia que se debruça sobre os fenómenos relacionados com música, identidade e emoções, através da figura do icónico José Duarte, locutor de rádio, crítico e um dos maiores divulgadores do jazz em Portugal. Helder Bruno estará à conversa com Catarina Machado, que assinalará o momento com um programa de rádio ao vivo em jeito de tributo a José Duarte.
Segue-se depois Nuno Costa que apresenta a sua tese A Guitarra Jazz em Portugal (1940 – 1990), numa conversa com o guitarrista viseense Luís Lapa, que dará continuidade ao encontro com um showcase. Na última tarde do ciclo Luís Figueiredo em diálogo com Joaquim Rodrigues apresenta o seu trabalho académico Jazz, Identidade Musical e o Piano Jazz em Portugal, seguido também um showcase.
Cada tarde fecha com um concerto de uma banda emergente selecionada através de uma convocatória destinada a artistas e bandas emergentes entre os 16 e os 30 anos. Até 5 de setembro, o festival está a receber candidaturas de projetos musicais tanto a solo como em coletivo, que queiram integrar a programação deste ciclo. O objetivo é apoiar e dar visibilidade à nova geração de músicos, incentivando a experimentação e o encontro entre diferentes sonoridades. O jazz é o ponto de partida, mas não a fronteira: o festival abre portas a cruzamentos com o hip-hop, o rock, a música experimental, as músicas do mundo e todas as linguagens que possam dialogar com ele.
As candidaturas serão avaliadas por um júri composto pela pianista e compositora suiça Marie Kruttli, pelo jornalista e crítico da revista Jazz.pt Gonçalo Falcão e pelo saxofonista, compositor, arranjador e professor na Universidade de Aveiro João Martins. O regulamento e o formulário de inscrição encontram-se disponíveis em www.quejazzeeste.com, sítio onde estará também disponível atempadamente a programação detalhada do festival.