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A Quinta da Penseira, em Viseu, recebe este sábado um encontro que junta mais de 30 industriais ligados ao setor têxtil. A iniciativa, que já conta com mais de duas décadas de tradição, é promovida pelo empresário viseense Paulo de Lemos, atualmente radicado na Bélgica.
O encontro contará também com a presença do presidente da Associação dos Industriais dos Têxteis, reforçando a importância do setor para a economia nacional e para a região de Viseu.
Paulo de Lemos aproveitou para deixar uma nota crítica relativamente ao acesso à Quinta da Penseira, sublinhando as dificuldades enfrentadas pelos convidados para chegar ao local, o que, na sua opinião, merece uma intervenção urgente por parte das entidades competentes.
O evento mantém-se como um ponto de encontro anual para empresários e industriais da área têxtil, promovendo o diálogo e o fortalecimento de laços entre profissionais do setor.
Situada no coração da sub-região de Silgueiros, em plena Região Demarcada do Dão, a Quinta da Penseira é hoje um exemplo de respeito pela tradição aliado à modernidade vitivinícola. Adquirida em 1996 pelo atual proprietário, a propriedade foi alvo de uma profunda reestruturação das suas vinhas centenárias, com a introdução de tecnologias vitícolas atuais, mas sempre preservando as práticas e tradições enraizadas na cultura local.
Silgueiros é uma freguesia com mais de 800 anos de história documentada e que remonta a tempos ancestrais, como o demonstram inúmeros vestígios arqueológicos atribuídos a Mouros e Romanos. Entre esses testemunhos destacam-se as Lagaretas e as Campas Antropomórficas, conhecidas localmente como “Campas dos Mouros”, que ainda hoje são visíveis na paisagem e contam parte da história milenar desta terra.
O próprio local onde hoje se encontra a Quinta da Penseira guarda também um desses vestígios históricos. Junto a um carvalho centenário, símbolo maior da propriedade, permanece uma dessas antigas campas. O nome “Penseira” deve-se, segundo a tradição oral, à fama que este local tinha entre os habitantes da região: uma encosta virada a sul, sobranceira ao rio Dão, onde as pessoas se refugiavam para refletir sobre as agruras da vida, em busca de paz e tranquilidade de espírito. Embora a origem exata do termo permaneça desconhecida, a lenda resiste ao tempo e reforça o carácter singular da propriedade.