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Um investidor de Lisboa adquiriu, por 2.350.000,28 euros, a aldeia histórica de Póvoa Dão, no concelho de Viseu, após um leilão eletrónico muito disputado que se prolongou por mais de uma hora além do horário previsto, revelou a leiloeira Leilosoc.
O leilão, de acordo com notícia avançada pelo Jornal de Negócios, contou com cerca de duas dezenas de investidores inscritos, maioritariamente portugueses, mas também provenientes da Alemanha, do Brasil e dos Estados Unidos. A sessão, cujo término estava inicialmente marcado para as 18 horas de sexta-feira, 5 de dezembro, entrou numa fase particularmente intensa na última hora, com a melhor oferta a subir de 1,51 milhões de euros, às 17h30, para mais de 1,8 milhões em apenas meia hora.
De acordo com as regras, sempre que surgem novas licitações nos últimos cinco minutos, o cronómetro reinicia. Foi precisamente esse mecanismo que manteve a disputa ativa até às 19h33, momento em que, após 72 licitações, a aldeia foi finalmente adjudicada.
A aldeia histórica de Póvoa Dão localiza-se a cerca de 14 quilómetros de Viseu e tem origens que remontam a antes de 1258, segundo as inquirições afonsinas. Após décadas de abandono desde os anos 70, foi comprada em 1995 pela construtora Ramos Catarino por cerca de 400 mil euros. A empresa investiu cerca de 3,5 milhões de euros na recuperação do espaço, restaurando 32 habitações T1 e T2, a capela, restaurante, campo de ténis e vários espaços comuns, respeitando a traça tradicional beirã.
A aldeia foi inaugurada como unidade turística em 2004, pelo então ministro da Economia, Carlos Tavares, mas voltou a cair no abandono na sequência das dificuldades financeiras da construtora. A Ramos Catarino viria a recorrer a sucessivos Processos Especiais de Revitalização (PER), mas em 2016, a empresa foi adquirida pelo fundo Vallis, que tentou vender a aldeia por cinco milhões de euros, sem sucesso.
Foi neste contexto que os ativos da aldeia foram colocados em leilão com um preço base de 1,7 milhões de euros e mínimo de 1,445 milhões. Das 32 habitações, 16 pertencem atualmente a particulares, que entretanto também colocaram os imóveis à venda devido ao novo período de abandono.