No coração de Viseu, a porta 55 da Praça D. Duarte abre-se…
Nasceu, em Cinfães, a Quinta da Maria, um projeto turístico com alma…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
O projeto de criação da rota turística da Estrada Nacional (EN) 16 envolve todos os municípios por onde passa e o objetivo é criar um produto que potencie tudo o que de bom existe nos concelhos abrangidos.
A EN16 atravessa 14 municípios dos distritos de Guarda, Viseu e Aveiro e tem uma extensão de 220 quilómetros. Liga Aveiro a Vilar Formoso.
A rota turística que está em preparação é um produto muito idêntico ao que já existe em relação à Estrada Nacional 2 (EN2).
Há algumas diferenças, uma vez que a EN16 é uma estrada mais pequena, que permite percursos mais pequenos. Mas, tendo em conta o historial da estrada, quando foi construída, e a importância que teve para a região do interior, é entendimento dos municípios potenciar este produto.
O projeto, que também envolve o Turismo de Portugal e a Infraestruturas de Portugal, permitirá que futuramente a EN16 faça parte das rotas turísticas nacionais e seja um ponto de interesse para os visitantes da região.
“A EN 16 é um projeto que andamos a discutir há algum tempo e à semelhança do que aconteceu com a EN2 tem todas as potencialidades. Tem as mesmas características, liga também o mar à fronteira, é mais curta o que significa que as pessoas não precisam de pensar tanto tempo quando é que vão começar a fazer a estrada porque podem fazê-la durante um fim de semana”, destaca Fernando Ruas, presidente da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões.
Para o autarca, que é também presidente da Câmara de Viseu, a EN16 é um produto que tem várias particularidades que são uma mais valia. “Passa por lugares maravilhosas, tem o cruzamento com a EN2, tem a zona litoral, a zona de Lafões e depois uma zona histórica e fronteiriça. Tem todas as características para ser visitada ou por lazer ou por curiosidade histórica”, refere.
Segundo Fernando Ruas, o projeto está a aguardar o financiamento, isto depois da Turismo do Centro já ter apresentado a candidatura ao Turismo de Portugal.
“O projeto está muito adiantado, agora há sempre uma parte que é mais complicada que é garantir este financiamento, pois é uma obra que não pode ser financiada apenas pelas comunidades intermunicipais que atravessa. Tem de envolver o Turismo e a Infraestruturas de Portugal. Garantido que esteja o financiamento, é começar a requalificação e a sua promoção”, Pede Feranndo Ruas que lembra que quando a EN 2 começou a ser mais visitada, os museus, por exemplo em Viseu, aumentaram a frequência.
“É de destacar é o esforço que 14 municípios do interior fazem para alavancar o seu desenvolvimento. Nós não temos sido tão contemplados como devíamos pela administração pública. Somos nós que o temos de fazer e somos nós que temos de ir à procura de gente para nos visitar e a melhor forma é ir de forma conjunta”, sustenta.
De acordo com a Turismo de Portugal, os próximos passos da EN16 passam pela estruturação, preparação e promoção quer nacional, quer internacional desta via.
Segundo o presidente Raul Almeida, a estruturação do produto consiste em “colocar sinalética, criar uma rota, assinalar pontos de interesse, pontos visitáveis”.
A Turismo Centro de Portugal está a preparar “uma imagem uniforme” ao longo das estradas, que é também “inovadora e atraente”. “Estes produtos são importantes porque as pessoas cada vez procuram mais o interior e nós temos que ter oferta”, sublinha.
O percurso que vai de Aveiro a Vilar Formoso revela-se uma experiência enriquecedora. Quando foi construída na década de 1930, a via era oficialmente designada Estrada Nacional nº 8 de 1ª Classe (EN8-1ª). De acordo com o Plano Rodoviário Nacional original, datado de 1945, era considerada uma Estrada Nacional de 1.ª Classe, sendo uma das 18 com a classificação de Itinerário Principal, estando sinalizada a vermelho.
Nos dias de hoje, e depois da abertura da A25, a EN16 é uma estrada pouco movimentada, mas com grande interesse turístico, em que faz parte, por exemplo, a Rota das Aldeias Históricas devido à passagem nas vilas medievais de Castelo Bom e Castelo Mendo.
O troço Guarda-Fornos de Algodres é também de interesse turístico, dado que a estrada contorna a serra do Alvendre seguindo pelo vale do rio Mondego, sempre paralela ao curso de água durante mais de 30 quilómetros.