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Os deputados do PSD eleitos por Viseu e Guarda no Parlamento questionaram o ministro das Infraestruturas, João Galamba, sobre a requalificação da Linha da Beira Alta, após saber-se que o prazo em que estava prevista a sua reabertura não vai ser cumprido.
A linha ferroviária que percorre o distrito de Viseu deveria reabrir a 12 de novembro, tal como anunciado em maio último, mas tal não deverá acontecer Linha da Beira Alta: Roubos, falta de mão de obra e equipamentos atrasam reabertura, comprometendo o avanço das obras de requalificação.
No requerimento enviado a João Galamba, os deputados do PSD querem saber se há nova data para a conclusão da obra e se os custos da requalificação vão aumentar. Também querem ouvir do ministro a justificação para a derrapagem do prazo de execução da empreitada que, lembram os sociais-democratas, resultaram “no adiamento pela terceira vez consecutiva” da inauguração da beneficiação da linha.
“Esta é uma derrapagem para muito mais do dobro do prazo previsto inicial e que coloca em causa a promessa que o Governo fez”, refere o deputado Guilherme Almeida.
Os deputados sociais-democratas também querem que o ministro explique as medidas tomadas face ao furto de cabos ocorrido nas obras e como vai ser solucionada a falta deste material “necessário para o funcionamento” do corredor ferroviário. Lembram que os cabos “terão de ser repostos e afetam o funcionamento da eletrificação, os sistemas de sinalização e de telecomunicações”.
Numa nota enviada este mês ao Jornal do Centro, a Infraestruturas de Portugal havia admitido que os trabalhos na Linha da Beira Alta estavam a ser “fortemente prejudicados pelo furto generalizado de catenária (o fio de contacto e feeder em cobre que integram o sistema de distribuição e alimentação elétrica aérea)”. No total, já foram roubados cerca de 33 quilómetros de fio de contacto e 67 quilómetros de feeder e alguns dos autores do roubo já terão sido identificados.
“É preocupante o impacto que este novo atraso vai trazer e que vai continuar a afetar as empresas e os cidadãos da região que estavam a planear e a contar com a abertura em novembro. Estudantes deslocados, empresas que nela fazem circular mercadorias, cidadãos que utilizam a ferrovia para outras zonas do país percebem, mais uma vez, que não podem contar com este Governo. Já estamos habituados, mas parece que esta vai ser mais uma de várias promessas falhadas para com a região”, diz Hugo Carvalho, do PSD.
Os deputados também questionaram o Governo sobre o valor gasto no serviço de transportes rodoviários para garantir a circulação de passageiros, devido à supressão dos comboios, e quanto ainda se estima gastar. “O tema da Linha da Beira Alta tem de ser bem explicado e transparente”, vinca Guilherme Almeida.