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O concerto de Áurea este sábado em Viseu é um teste para o renovado Mercado 2 de Maio que deverá receber perto de duas mil pessoas, de acordo com os números avançados pela autarquia.
O regulamento deste espaço foi aprovado em reunião do executivo que se realizou esta quinta-feira e entre outras disposições de modelo de funcionamento está também estabelecido o horário de funcionamento entre as 06h00 e as 00h30.
“O regulamento deixa a hipótese de aceitar horários diferenciados, mas só haverá possibilidade de extensão se os lojistas assegurarem a segurança, de outra forma não”, avisou o presidente da Câmara de Viseu.
Fernando Ruas admitiu que os espaços do Mercado ainda não estão todos a funcionar, mas tem o fundamental. “O que nos interessa é que funcione em pleno. Agora abre com o que é fundamental”, salientou. E anunciou que em termos funcionais estão já previstos alguns espetáculo de qualidade para aquele espaço.
“Algumas lojas estão abertas e outras ainda a ultimar as coisas. O que sei é que a praça da restauração é uma boa solução para este local”, disse o autarca.
Das oito lojas existentes no espaço destinadas à restauração, após uma hasta pública de arrendamento, seis já foram adjudicadas e agora cada uma delas abre quando estiver pronta, sendo que, conforme já tinha avançado Fernando Ruas, o município não faz questão de que abram todas ao mesmo tempo.
Na aprovação do regulamento os vereadores do PS optaram pela abstenção como forma de mostrar que falta estratégia para um espaço que poderia ser uma “âncora” na atratividade económica e turística.
“Até parece que o Mercado 2 de Maio está enfeitiçado. Não abre as portas e as pessoas estão com expectativas muito negativa relativamente àquilo que é a sua utilidade. E depois as condições do regulamento não são as mais vantajosas para criar condições para que seja um ponto de atração para que a cidade tenha mais vida”, disse o socialista João Azevedo.
A requalificação do Mercado 2 de Maio foi um projeto de Almeida Henriques (PSD), antecessor de Fernando Ruas, que, no início de 2021, motivou a contestação de dirigentes culturais, historiadores e arquitetos de vários pontos do país.
Numa carta aberta, os signatários consideravam que o projeto de cobertura constituía “um grave e inadmissível atentado patrimonial e urbanístico”, referindo que, “num desrespeito despudorado pelo trabalho autoral e pelo património da cidade”, o executivo camarário “ignorou os arquitetos Álvaro Siza e António Madureira, autores do projeto executado nos anos 90 do século XX”.
Aquele espaço foi inaugurado em maio de 1879 e sofreu alterações em 1914 e nas décadas de 20, 40, 70 e 90. A mais polémica ocorreu entre 2000 e 2002, quando deixou de ter a utilização de mercado municipal.
A obra iniciou-se em janeiro de 2021 e contemplou a cobertura para utilização 12 meses por ano, a reabilitação de lojas e respetivos telhados e a instalação de sistema de climatização. Representou, inicialmente, um investimento global de 4,3 milhões de euros.