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Este fim de semana, tanto mais novos como mais velhos podem assistir ao espetáculo que “Marshmallow”, que reúne tanto teatro como dança, numa adaptação daquilo que é o teste do marshmallow. A criação parte dessa experiência cujo objetivo era avaliar a capacidade de adiar uma pequena recompensa – neste caso um marshmallow – por parte dos mais jovens.
O espetáculo, criado por Francisca Mata, Matilde Barbas e Sofia Moura e interpretado por Matilde Barbas e Sofia Moura, acompanha uma cientista que decide realizar o teste com as suas duas filhas, confrontando-se com reações e resultados muito distintos. Embora a especialidade de Sofia Moura seja o teatro e a de Matilde Barbas a dança, ambas aventuram-se na outra expressão artística ao longo da peça.
Este espetáculo, explicou ao Jornal do Centro a atriz Sofia Moura, tem “leituras para todas as idades” uma vez que “tem linguagem às vezes um pouco mais complexa, científica, que vem mesmo também da dificuldade da mãe comunicar de outra forma com a filha”.
“A filha também não entende muito bem a mãe, pelo que há muita coisa que as crianças também não vão entender, que são os pais que vão entender” adiantou ainda a atriz. “E há outras coisas que são mais para as crianças, ou seja, visualmente, e esteticamente, o espetáculo também é muito atrativo para os mais novos. Acho que tem várias camadas e várias leituras para todos os públicos”, contou ainda.
“Marshmallow” é, na ótica da atriz, uma “desconstrução do que é que este estudo poderia ser, porque, entretanto, ele já foi desmistificado”. “existem vários parâmetros que medem o sucesso de uma criança, não é a capacidade de esperar ou não. Mas isto só mais tarde é que foi desmistificado”, continuou ainda a explicar Sofia Moura. “Houve muitos pais que também caíram nesta esparrela de tentar testar os filhos, e aqui, a certa altura, a própria mãe apercebe-se que não importa se a filha passa ou não passa. O que importa é que como ela é, vai ser sempre um orgulho para os pais”, afirmou.
Os movimentos de dança, contou Sofia, são muito em torno da ideia da cientista, com os conceitos de observação e análise a servirem de linhas-guia. Depois, do lado da criança, houve uma ancoragem no conceito da impaciência, o que inspirou muitos dos movimentos. “Na verdade, eu acho que o movimento até é mais orgânico neste espetáculo do que a palavra”, confidenciou a atriz. “Faz mesmo muito sentido que aqui a dança conte a história. Toda a experiência é com o movimento”.
A peça estreia no dia 31 de maio, sábado, no Pólo II do Centro de Criação Contemporânea de Viseu. Depois deste primeiro espetáculo às 16h00 de sábado, a peça repete-se no dia 1 de junho (domingo e Dia da Criança), 11h00 no mesmo local. De modo a simular a experiência que motivou o espetáculo, cada criança recebe, à entrada no local, um marshmallow, com a ‘missão’ de aguentar sem comer este doce até ao fim do espetáculo.