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Uma estreia e momentos inéditos no Teatro Viriato, em Viseu, marcam, em janeiro, a 14.ª edição da mostra de dança New Age New Time (NANT) que também tem conversas, oficinas, uma exposição e um documentário, anunciou hoje a organização.
“Começamos com um evento inédito na história da NANT. Ou seja, com uma antecâmara para o que virá depois. Um ‘warm-up’ [aquecimento]”, anunciou o diretor do Teatro Viriato, António M Cabrita.
Este ‘warm-up’ será protagonizado pelas peças “O quê?”, com interpretação de Pedro de Aires, e “Isto não é para gente, é para besta”, uma criação e interpretação de Magda, “artista emergente” do Porto.
A única estreia a acontecer no NANT será “Sibela e Digoo”, uma criação de Tânia Carvalho e da Dançando com a Diferença, com os bailarinos Isabel Teixeira e Diogo Freitas, em coprodução do Teatro Viriato.
“A Tânia Carvalho tem um universo muito próprio. Ela vai-nos para mostrar os universos artísticos escutando as suas singularidades e propondo espaços íntimos de experimentação com os artistas”, disse o diretor do teatro.
Outro “momento inédito no palco do Teatro Viriato é a presença de três duplas de gémeos, uma coisa rara”, na peça “Bright Horses” com a direção artística e coreografia de Arminda Soares e Maria R Soares.
“Estes seis intérpretes trazem a palco as suas experiências reais e as dinâmicas internas e familiares como forma de reflexão crítica sobre a competição da sociedade atual. Uma peça extremamente física”, disse António M Cabrita.
Do programa constam ainda os espetáculos “Sublinhar”, uma criação e interpretação de Marta Sequeira, e “Um abraço e um beijinho”, de Ricardo Machado e João Cardoso, com o músico Pedro Salvador, numa coprodução com o Teatro Viriato que também terá uma oficina.
“Wonderlandi”, de Lander Patrick, um artista que volta ao NANT, e neste espetáculo cria um universo paralelo em que casa a música à dança que “faz, naturalmente, vibrar” e no final se “prolonga no ‘foyer’ do teatro numa ‘afterparty’”.
A edição de 2026 terá “muitas vezes, no final dos espetáculos, um momento de conversa para que o público também possa partilhar, possa ter voz, para invocar o pensamento crítico e a reflexão”.
A NANT de 2026 conta ainda com uma exposição de Liliana Velho, intitulada “Regenerar”, que consiste em corações, trabalhados em cerâmica, outros com matérias orgânicas e estará patente desde o primeiro dia da mostra de dança.
Em parceria com o Cine Clube de Viseu, será exibido um documentário sobre um “artista que seria muito bom se conseguisse algum dia pisar o palco do Teatro Viriato”, como é Dimitris Papaioannou.
A NANT terá ainda uma oficina, “Reverberando”, com Wura Morais, que estará em residência artística nessa semana para apresentar o seu espetáculo na NANT de 2027 com base nos acervos que tem do pai e do tio e irá partilhar isso e todo o processo nessa oficina.
Esta é a primeira programação da responsabilidade de António M Cabrita, profissional da área da dança, e também por isso lhe deu “muito prazer e dificuldade” de conceber, admitiu aos jornalistas, numa mostra que decorre entre.
“Esta edição é super pertinente e atual, porque trata temáticas muito contemporâneas como a masculinidade tóxica, o capitalismo, a competição entre seres humanos e a luta pelos direitos das mulheres. É uma edição ousada, coloca-nos a pensar e a debater estes assuntos”, defendeu António M Cabrita.