Miauuu! Chamaram por mim? Sou a Bella, a gatinha mais fofinha, saltitante…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
O Natal é um momento de união, onde o amor se torna…
por
Carolina Ramalho dos Santos
por
Amnistia Internacional
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
O festival de criação e narração oral “No Fio da Palavra” dedica o espetáculo principal ao poder das mulheres da lavoura no campo, com um concerto musical encenado, anunciou esta quarta-feira (20 de setembro) a organização. A Festival “No Fio da Palavra” ilumina as dimensões escondidas da mulher viseense de outrora, organizada pela companhia Mochos no Telhado, vai decorrer entre 26 de setembro e 1 de outubro em Viseu.
“Este ano o festival veste-se no feminino, porque optámos por ter como ponto de partida o trabalho com a comunidade, a vida das mulheres nas aldeias”, destacou o diretor artístico da Mochos no Telhado, Dennis Xavier, na apresentação da programação de “No Fio da Palavra”.
O responsável disse que, “este ano, o festival é mais inclusivo, porque vai haver tradução em língua gestual portuguesa, nos dois principais eventos”.
“O ‘Deixa-me contar antes que esqueça’, este ano, passa a ser ‘Deixa-me cantar antes que esqueça’ – é um pequeno ajuste, tendo em conta a dimensão musical da criação do espetáculo”, justificou.
Às residentes Sofia Moura e Clara Spormann, junta-se, nesta edição Tânia Cardoso, e as três sobem ao palco “num concerto encenado, muito teatral, dedicado ao poder da mulher e com músicas que ela cantava durante a lavoura do campo”.
O “Deixa-me cantar antes que esqueça” resulta de recolhas feitas nas freguesias de Rio de Loba, São João de Lourosa e Silgueiros, onde as três mulheres vão subir ao palco a apresentar o trabalho final, assim como em Viseu, no Solar do Vinho do Dão.
Além das três vozes femininas, o espetáculo conta com textos de Sofia Moura e Dennis Xavier e os arranjos musicais são da responsabilidade do Ricardo Augusto, Rodrigo Cresço e da Tânia Cardoso.
Sofia Moura, Clara Spormann e Tânia Cardoso, que falavam aos jornalistas, revelaram que o espetáculo “resulta de uma recolha, junto de, essencialmente, mulheres, maioritariamente avós” e, em cima do palco, “o elemento principal é uma capuchinha”.
“Para complementar a programação convidámos duas figuras cruciais no universo dos contos em Portugal, Ana Sofia Paiva e Luís Correia Carmelo, que partilham histórias, também elas no feminino, no ‘Vira o disco e conta outro’”, evidenciou.
Os dois contadores “vão também realizar dois espetáculos de pequeno formato dirigido a um público familiar”, como são “Una, duna”, com Ana Sofia Paiva e o músico Marco Oliveira, e “Parlendário”, com Luís Correia Carmelo e o músico Nuno Mourão.
A Câmara de Viseu financia em 16 mil euros o festival, que a vereadora da Cultura considerou ter um “enorme potencial”. O evento “tem um abnegado amor pelas raízes e tradições e dá-lhes uma nova roupagem”, acrescenta Leonor Barata.
O programa “Deixa-me cantar antes que esqueça”, destacou a vereadora, “é muito importante, porque procura as raízes e o passado para perceber como é que podem ser projetados para o futuro, com uma roupagem mais contemporânea”.
“A descentralização do festival por várias freguesias tem uma importância acrescida, porque as pessoas que estão fora do grande centro que é Viseu acabam por participar ativamente no projeto e conseguimos um sentimento de pertença”, sustentou.