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De Vila Nova de Paiva a Castro Daire, ou melhor do Estádio da Pedralva até ao Complexo Municipal de Castro Daire, são 24 minutos de distância. São cerca de 24 quilómetros que a equipa técnica, jogadores, staff e direção do Sport Clube Paivense vão percorrer este domingo, 18 de maio, para lutar pela quinta edição da Taça da 1ª Divisão Distrital de Viseu frente ao Travanca. Ao Jornal do Centro, o treinador Diogo Silva reconhece que a Taça não salva a época ao Paivense, mas, e há sempre um mas, em caso de vitória dá maior dignidade ao fim do percurso de alguns dos jogadores do clube. “São atletas que significam muito para o clube”, enfatiza o treinador.
O técnico reconhece que no início da temporada os planos do Paivense não passavam por disputar a Taça da 1ª Divisão Distrital. “Queríamos entrar no apuramento de campeão”, assume. No entanto, uma vez aqui chegados, o Diogo Silva não esconde que a competição “reveste-se de uma importância enorme para nós”. “Há alguns atletas que estão a terminar o percurso e querem fazê-lo deixando algo nas vitrines do clube”, sublinha.
Último título ganho pelo Paivense foi há 11 anos
Desde 2013/2014 que o Paivense não vence um título. A última vez que a vitrine do clube abriu para receber uma taça foi na época 2013/2014 com a conquista da Taça Sócios de Mérito da Associação de Futebol de Viseu, frente ao Moimenta da Beira, num jogo decidido nas grandes penalidades. “Temos esta oportunidade de voltar a trazer um troféu sénior para o clube e isso satisfaz-nos”, assume o técnico.
Questionado sobre como motivou o plantel a manter-se focado numa competição que ainda não é olhada por todos com bons olhos, o treinador do Paivense rejeita que haja competições maiores e menores. “Enquanto estivermos em campo temos sempre de lutar por quem torce por nós e nos dá as condições que temos para trabalhar. Temos sempre de ter o objetivo de ganhar, seja que competição for”, vinca.
No jogo deste domingo, marcado para as cinco da tarde, no Municipal de Castro Daire, o treinador do Paivense espera um adversário que conhece da primeira fase da 1ª Divisão Distrital. “Colocou-nos problemas sérios no primeiro jogo em que os defrontámos. Estivemos a perder por 1-0, conseguimos dar a volta, mas foi um jogo competitivo. O outro jogo ficou 0-0 e isso demonstra bem a qualidade que o Travanca tem. Não foram muitos os adversários a colocarem-nos tantas dificuldades e isso faz-nos estar mais alertas”, reconhece o treinador do Paivense.
O Municipal de Castro Daire tem relva sintética e Diogo Silva acredita que daí pode advir uma vantagem para a sua equipa. “Treinamos num sintético todas as semanas três vezes, ao contrário do Travanca, que tem um campo pelado. Isso poderá jogar a nosso favor”, diz. No entanto, de Vila Nova de Paiva até Castro Daire parte uma equipa em alerta. “Não há vencedores antecipados. Não há e nem queremos ser. Normalmente esses dão-se mal e o Travanca já nos mostrou que merece todo o nosso respeito”, assegura.
Taça deve manter-se, mas clubes poderiam defrontar-se em série única, defende técnico
Uma vez que os modelos competitivos podem ser alterados – assim os clubes queiram e lutem por isso junto de quem tutela o futebol distrital – perguntámos ao treinador do Paivense sobre se faz sentido manter a 1ª Distrital tal como está agora. Aos dias de hoje , a 1ª Divisão Distrital faz-se com três séries de nove ou dez clubes. Há dois apurados diretamente por série, aos quais se juntam os dois melhores terceiros classificados de entre as três séries. Oito equipas rumam, então, à luta pela subida à Divisão de Honra.
“O modelo competitivo da Taça da 1ª Distrital não me parece errado porque permite aos clubes que não consigam garantir o apuramento para a fase de campeão, continuarem a competir. E isso é sempre positivo. Esta Taça não é uma má iniciativa e deve manter-se. No entanto, optaria por uma única série ou, eventualmente, uma outra divisão. Poderia dar origem a uma superior competitividade. Com uma única série, a uma volta, os dez primeiros iriam lutar pela subida, enquanto os restantes competiriam na Taça. Com a tal série única, os clubes iriam jogar todos contra todos e equiparava-se todas as zonas: Norte, Centro e Sul. Atualmente isso não acontece”, sugeriu o treinador do Paivense.
Por agora, os pensamentos de Diogo Silva, da restante equipa técnica, jogadores, staff, direção e adeptos está no jogo deste domingo. O Travanca é o adversário. Os dados estão lançados. Venha o jogo. 17h, em Castro Daire.