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04 de 04 de 2024, 09:30

Centro Business

Lucro da Vista Alegre sobe 22% para 6,8 milhões de euros em 2023

Empresa pertencente ao Grupo Visabeira apresentou na quarta-feira os resultados do ano passado. Receitas foram de quase 130 milhões de euros

vista alegre no aeroporto de lisboa

O lucro da Vista Alegre, empresa cerâmica pertencente ao Grupo Visabeira, subiu 22,3% no ano passado, face a 2022, para 6,8 milhões de euros, anunciou na quarta-feira (3 de abril) a companhia.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa adianta que, "apesar da instabilidade da situação económica, política e social a nível mundial que se faz sentir desde o início da guerra na Ucrânia, e consequentes aumentos nos custos de algumas matérias-primas e eletricidade, no ano de 2023 os resultados do grupo Vista Alegre evidenciaram um crescimento face ao exercício de 2022".

Em igual período, o volume de negócios ascendeu a 129,6 milhões de euros, menos 9,6% que um ano antes.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) atingiu os 28,3 milhões de euros, um crescimento de 2,6% face ao período homólogo e a margem EBITDA atingiu "uns expressivos 21,8%, uma melhoria comparativamente com o ano de 2022 de 2,6 pontos percentuais".

"O contínuo foco na gestão eficiente das nossas operações e a evolução favorável no 'mix' de vendas com crescimento dos produtos de marca de porcelana e cristal da Vista Alegre e faiança artística da Bordallo Pinheiro, permitiu melhorar os resultados face ao período homólogo", refere o grupo, no comunicado.

Os produtos de marca do grupo, Vista Alegre e Bordallo Pinheiro, cresceram no retalho (físico e online) e no canal horeca (hotelaria e restauração) a nível nacional e internacional, tendo aumentado 4,4% face ao mesmo período do ano 2022.

Desta forma, "o peso dos seus produtos marca no total das vendas anuais cresceu 7,5% face a 2022", sendo que a nível dos segmentos, a Vista Alegre destaca "o crescimento de 7,4% das receitas na faiança e 2,4% de crescimento nas vendas do cristal e vidro, face às receitas" do amo anterior.

As receitas na faiança ascenderam a 17,1 milhões de euros e as de cristal e vidro 15,7 milhões de euros.

Já o segmento porcelana e complementares registou uma quebra de 5,5% nas vendas (para 47 milhões de euros) e de 20,2% nas de grés (49,7 milhões de euros).

"Em função da contínua estratégia de aposta nos produtos marca, houve uma redução na venda de produtos de 'private label' ao nível do grés de forno", o que explica a diminuição de vendas neste segmento.

O mercado externo representa 69,2% do volume de negócios da Vista Alegre, com 89,7 milhões de euros de vendas, adianta a empresa.

Mercados como França, Espanha, Alemanha e Itália na Europa e o Brasil e os Estados Unidos são, segundo o grupo, os maiores contribuidores para as vendas no mercado externo.

No período em análise, a Vista Alegre "registou um resultado operacional de 13,9 milhões de euros, superior em 22,9% face ao período homólogo", destacando no ano passado o "crescimento de 40% do resultado antes de imposto, um aumento de 2,6 milhões de euros" em termos homólogos.

O investimento foi de 15,6 milhões de euros. "Deste investimento, 9,3 milhões de euros foi direcionado para a unidade produtiva Cerexport, no sentido de substituição de um forno com maior eficiência energética, além de dar maior flexibilidade às linhas de produção, procurando responder com melhor eficiência às oscilações dos mercados ao nível da procura", justifica a Vista Alegre.

Por sua vez, "a gestão eficiente da nossa dívida levou a uma redução da dívida bruta em mais de 8,5 milhões de euros no ano de 2023 por redução das disponibilidades".

Apesar do aumento da dívida líquida em 2,5 milhões de euros face ao ano anterior, a "boa 'performance' [comportamento] operacional do grupo levou à manutenção do rácio de dívida líquida sobre EBITDA LTM (últimos 12 meses) em 2,5x", conclui o grupo.