Carlos Eduardo

06 de 08 de 2022, 09:00

Desporto

Estreia na 2ª Liga. Académico e Tondela jogam ambos fora e no mesmo dia

Aí está a jornada de estreia da Segunda Liga. Tondela e Académico de Viseu começam a caminhada por 34 rondas fora de casa. Auriverdes jogam na Madeira, com o Nacional, às duas da tarde. Às seis, viseenses defrontam, no Seixal, o Benfica B. Tondela nunca venceu na Madeira para o campeonato, Académico já foi feliz na Margem Sul.

Académico Benfica B

Fotógrafo: Académico de Viseu

Não se preveem fáceis as missões de Tondela e Académico de Viseu na jornada inaugural da Segunda Liga, época 2022/2023. Os tondelenses viajam à Madeira para defrontar o Nacional. Na bagagem a esperança de conseguirem uma inédita vitória. Nos quatro jogos que realizaram na Choupana, os auriverdes perderam sempre. A última visita do clube beirão terminou com derrota por duas bolas a zero. Foi no dia 27 de dezembro de 2020. Nesses tais quatro jogos feitos na Choupana, o Nacional marcou 11 golos, no total. Já o Tondela apenas fez 5.

A somar ao histórico, há dois fatores adicionais que não animam as hostes beirãs. Por um lado a impossibilidade de inscrever jogadores por causa do caso Khacef. O plantel está fechado e não pode sofrer retoques também no chamado "mercado de inverno". A juntar a tudo isto, há a falta de hábito de jogar a Segunda Liga, campeonato considerado muito competitivo. Há sete anos seguidos que o Tondela alinhava junto dos "grandes" do futebol português, mas na última temporada viu confirmada a descida ao segundo escalão.

Se todos estes dados parecem complicar a vida ao Tondela, a verdade é que da parte do treinador da equipa, Tozé Marreco tem-se ouvido um discurso de otimismo e de procura de soluções. Reconhecendo que "o Tondela enfrenta uma situação que nenhum clube enfrentou na sua história", estando impedido de contatar, na conferência de antevisão ao jogo diante do FC Porto para a Supertaça Cândido de Oliveira, Tozé Marreco acrescentou que "sabia das regras desde início" e que aceitou "sabendo dessas premissas". O jovem treinador que chega do Oliveira do Hospital assegura que "entro às 08h00, saio às 20h00 ou 21h00, mal vejo o meu filho", prometendo muito trabalho para a época que está a arrancar.

Em sentido contrário, mas também à espera de sentir dificuldades está o Académico que até tem boas memórias da última deslocação ao Seixal. Já com Pedro Ribeiro ao leme, os viseenses foram à Margem Sul derrotar a equipa B do Benfica por duas bolas a uma, num jogo que se revelou fundamental para garantir a manutenção. Três pontos que permitiram, naquela fase, já bem perto do final da época (que foi mais sufocante do que alguns imaginariam) respirar de alívio. Marcaram para o Académico, Quizera, aos 30 minutos e Nussbaumer, aos 34 minutos. Ambos os golos na primeira parte do jogo. O Benfica haveria de reduzir a 10 minutos do final do encontro. A vitória não escaparia e os adeptos academistas fizeram mais de 300 km (a somar aos que já tinham feito) com os três pontos na bagagem.

No confronto entre as duas formações há, até, vantagem do Académico. Sete vitória dos encarnados, três empates e oito triunfos do Académico. Se olharmos só para os jogos no Seixal, os benfiquistas levam vantagem: cinco triunfos para as águias, três para os viseenses e um empate. Nas últimas três deslocações ao Seixal, o Académico pontuou sempre. Além da vitória na época passada, soma-se outro triunfo na temporada 2020/2021 (0-1) e um empate (0-0) na época 2019/2020.

Nota curiosa para dois resultados no Seixal. Se na época, 2018/2019, o Benfica B goleou por 4-0, na época anterior o Académico foi ao Seixal golear por cinco bolas a uma, num jogo de boa memória para Manuel Cajuda que haveria de levar o clube viseense a uma quase subida de divisão. Nesse ano, o Académico acabou em terceiro lugar - hoje daria para playoff de promoção.