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14 de 06 de 2021, 18:35

Diário

Intempérie: Prejuízos de três milhões de euros em Armamar

Escolas fechadas, quartel da GNR danificado e inundações até na Câmara Municipal. Foram 40 minutos de granizo e chuva "nunca visto"

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Em Armamar, a intempérie deixou alunos sem aulas e o sistema informático da Câmara em baixo. Várias estruturas foram danificadas, estradas cortadas e já esta segunda-feira a população não ganhou para o susto. No domingo, a chuva e o granizo deixaram um rasto de destruição e de prejuízos.

Mas o maior problema foi para os agricultores que viram as suas produções reduzidas a nada.
Segundo o presidente da Câmara Municipal de Armamar, o “granizo severo” do fim de semana causou prejuízos nos pomares acima dos três milhões de euros (ME) e deixou a próxima colheita comprometida.

“Em alguns casos há perda total de culturas, irremediavelmente destruídas. Para além disso, o granizo ainda causou danos nas plantas, quer na vinha, quer no pomar, o que vai comprometer a produção do próximo ano, ou mesmo dos próximos anos”, destacou João Paulo Fonseca.

O autarca disse que durante 40 minutos caiu granizo que acabou por destruir tudo o que apanhou. “Há prejuízos em infraestruturas, casas particulares e lojas comerciais, mas o que mais preocupa é a agricultura”, sublinhou.
João Paulo Fonseca disse que a autarquia está no terreno, juntamente com a associação de produtores e técnicos do Ministério da Agricultura, a fazer um “levantamento mais afinado” dos prejuízos causados” e que já reuniu com a diretora regional da Agricultura do Norte, Carla Pereira.

“Mas já podemos dizer que só no que diz respeito ao setor agrícola”, sobretudo nos pomares, “são acima dos três milhões de euros de prejuízo. Da reunião saiu, pelo menos, a intenção de criar uma linha de apoio para os nossos produtores, que já tinha sido anunciada até por causa de Vila Real também [região igualmente afetada]”, contou.

Uma linha que o autarca pediu à diretora regional para ser “reforçada para fazer face aos prejuízos no território de Armamar” e também solicitou que “essas linhas de apoio tenham algum período de carência” para os agricultores.