Ricardo Ferreira

09 de 05 de 2021, 15:41

Diário

Sindicato avança com greve e exige a contratação de mais funcionários judiciais para a Comarca de Viseu

A paralisação arranca a 17 de maio e vai durar um mês. O protesto vai decorrer entre as 10h00 e as 11h00.

tribunal sala viseu justiça

O Sindicato de Funcionários Judiciais (SFJ) reclama a contratação de novos trabalhadores para a Comarca de Viseu. A carência de pessoal é um dos motivos que levou a estrutura sindical a avançar com uma greve que arranca já no próximo dia 17 de maio e que vai durar um mês. A paralisação vai decorrer entre as 10h00 e as 11h00, incidindo sobre as diligências agendadas e todo o trabalho que é feito nas secretarias.

Esta ação de protesto, a nível nacional, é promovida “contra a hipocrisia, a falta de respeito pela carreira dos oficiais de justiça, pelo incumprimento reiterado e abusivo das leis da república, e pela desconsideração permanente a que têm votado esta classe”, explica Luís Barros secretário coordenador da Comarca de Viseu do SFJ.

“Há muito que o sindicato diz que chegou a hora de dizer basta, queremos a revisão do estatuto, adiada já por diversas vezes, queremos um plano de resiliência de vacinação justo, não se compreende que dentro de um Tribunal haja carreiras que foram vacinadas, e aqueles que dão a cara no dia a dia no atendimento ao cidadão ainda não o foram (apenas alguns e muito poucos)”, refere, acrescentando que a estrutura sindical exige ainda o descongelamento das promoções na carreira.

“Temos colegas com mais de 20 anos que ainda não tiveram hipótese de subir de categoria. Queremos o ingresso de novos funcionários. É preocupante que por exemplo na Comarca de Viseu a grande maioria dos oficiais de Justiça ande na faixa etária dos 50 aos 65 anos. Aliás contam-se pelos dedos da mão os funcionários com menos de 45 anos”, diz.

Luís Barros reclama “um sistema de aposentação mais justo, que tenha em consideração as milhares de horas que anualmente são feitas pelos funcionários judiciais, sem qualquer contrapartida, nem compensação monetária. Queremos a integração do suplemento, prometida aos oficiais de justiça pelos sucessivos governos, desde o ano de 1999, data da sua criação”, justifica.

O sindicato avisa que não vai desistir até o Governo ouvir estas reivindicações. Está disposto “a tudo” e promete “levar esta luta às últimas consequências”.