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29 de 07 de 2021, 09:33

Autárquicas'21

Autárquicas: candidato do PS quer uma nova zona industrial em Sátão

Vítor Figueiredo, professor da Escola Superior Agrária de Viseu, defende também a aposta no setor primário

vitor figueiredo ps sátão

O candidato pelo PS à Câmara Municipal de Sátão, Vítor Figueiredo, aposta no setor primário e na criação de uma nova zona industrial.

“Temos de aproveitar os apoios que vêm da famosa ‘bazuca’ do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e, para isso, temos de encher a atual zona industrial do município, mas também pensarmos em ir mais longe e pensar em outras zonas industriais que, a curto prazo, iremos desenvolver”, prometeu Vítor Figueiredo.

O candidato socialista à Câmara de Sátão defendeu que tem de haver “uma economia circular” e para isso devem ser “promovidos os produtos endógenos e também os outros empresários, como os empreiteiros ou os do comércio”.

“De preferência, temos de apoiar estas empresas que têm sede no nosso concelho ou região, porque certamente conseguem fazer com menores custos e de forma mais eficiente, porque também estão a potenciar o desenvolvimento desta área, desde logo com os trabalhadores que, à partida, são da região, e isso é muito importante de apoiar e estimular”, considerou.

Neste sentido, o candidato admitiu que dos seus planos faz parte a “criação de um gabinete de apoio ao investidor ou ao empreendedor” e “não é só apoiar, é também incentivar e estimular” a investir no concelho.

“Não teria qualquer problema em ceder a preço simbólico terrenos e até ajudar tudo o que seja da parte logística e do licenciamento, porque se conseguirmos fixar as empresas conseguimos criar postos de trabalho, fixar os jovens e evitamos a desertificação, porque estaremos também a promover a natalidade, isto está tudo interligado”, acrescentou.

A educação, a cultura, o desporto e o setor primário são outras das áreas de “muitíssima importância” para o concelho que tem “produtos endógenos de excelência, como o vinho do Dão, a maçã de Bravo Esmolfe, mais a norte a castanha, os míscaros, o mel silvestre e tudo isto precisa de ser potenciado”.

“Temos de apostar, cada vez mais, naquilo que temos de bom, desde logo o desenvolvimento sustentável. Temos de produzir os alimentos de forma a satisfazer a atual geração, mas sem comprometer as gerações vindouras”, acrescentou.

O setor primário é aliás um dos seus “pontos fortes”, uma vez que profissionalmente é consultor de projetos neste setor, mas Vítor Figueiredo, de 53 anos, é também professor na Escola Superior Agrária de Viseu e é “perito em finanças e formador”.

“Apostando na formação estamos a desenvolver as nossas gentes e isso é muito importante, não só jovens empresários, como a universidade sénior, porque há muita gente que se quer manter ativa e é importante olhar para os nossos concidadãos”, defendeu.

Natural e residente em Sátão, casado e pai de uma filha e de um filho, o candidato estreia-se enquanto cabeça de lista, uma vez que “há 24 e há 20 anos” foi vereador em regime de não permanência, com o então presidente Acácio Pinto.

À Câmara Municipal de Sátão concorre também Carlos Miguel, pelo Chega, Sandra Chaves, pela CDU, e Alexandre Vaz, pelo PSD, presidente durante 12 anos e atual vice-presidente de Paulo Santos que não se volta a candidatar e que, em 2017, conquistou quatro mandatos, com 47,65% dos votos.

O grupo independente de cidadãos Pela Nossa Terra (PNT) que, em 2017, contou com o apoio do PS e do CDS-PP, conquistou três mandatos, sendo a única oposição na autarquia, ao alcançar 38,10%.

Nessas eleições havia 13.824 pessoas inscritas e votaram 55,51% dos eleitores.

As eleições autárquicas deste ano estão marcadas para 26 de setembro.